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Destruction cumpre a promessa e faz show memorável em Curitiba
| Foto:
Karine Corrêa
Destruction, uma das referências do thrash metal mundial

O show da banda alemã Destruction, ontem no Yankee Bar, em Curitiba, abriu de forma perfeita a temporada heavy metal na cidade, em 2013.

A apresentação havia sido transferida do dia anterior por problemas técnicos. O sistema elétrico da casa não tinha suportado a quantidade de energia consumida pelo sistema de som e luz do grupo.

Os produtores e os proprietários do local agiram de forma acertada e remarcaram o show para o dia seguinte, contando com a compreensão e a educação do público. A banda, por sua vez, demonstrou profissionalismo e respeito pelos fãs, pois ontem seria seu dia de folga durante a turnê brasileira, chamado “day off”. Nele, os músicos e seu staff descansam e procuram conhecer um pouco da cultura dos países por onde a tour passa.

Hoje, os alemães já estão em Belo Horizonte para outra apresentação. Os músicos viajaram durante a manhã e se apresentarão quase sem descanso. Não é qualquer banda que se dispõe a esse tipo de situação.

O show

O Destruction subiu ao palco pouco depois das 22h. Quando os primeiros acordes de “Thrash Till Death” soaram, já foi possível perceber que a banda estava “mordida”, usando um termo do meio musical. O vocalista e baixista Marcel Schmier tinha prometido, no dia anterior, um show especial para os fãs curitibanos e a promessa foi cumprida.

Schmier se desculpou pelos problemas e lamentou pelas pessoas que não puderam comparecer na data remarcada. Alguns fãs que vieram em excursões de outros estados, como Santa Catarina e Mato Grosso, não puderam permanecer mais um dia na cidade.

Após três décadas viajando pelo mundo, o prazer que a banda ainda demonstra em tocar ao vivo impressiona. “30 Year of total Destruction” , o nome da turnê, é uma alusão ao tempo de estrada dos integrantes.

O guitarrista Mike é uma figura a parte. O músico não para um minuto de se movimentar. Seus riffs constroem toda a musicalidade do grupo, alternando bases e solos, sem exageros, dentro das canções. O baterista Vaaver é rápido e preciso, criando o andamento que as músicas pedem, sem virtuosismos.

Schmier é uma das figuras mais carismáticas do heavy metal mundial. Extremamente simpático com os fãs, ele procura a todo o momento se comunicar, seja falando lentamente em inglês, usando gestos para se fazer entender, ou arriscando algumas palavras em português. O vocalista usa três microfones no palco, cantando em cada um deles várias vezes durante as músicas.

Além de clássicos como “Life without sense”, “Eternal ban”, “Hate is my fuel” e “Death trap”, foram executadas algumas músicas do mais recente álbum dos alemães, “Spiritual Genocide”, lançado no ano passado, como “Carnivore” e a faixa título.

“Curse the gods” encerrou a noite. A banda agradeceu carinhosamente os fãs e, certamente, ganhou a admiração de todos pelo respeito que demonstrou. O que poderia se tornar um grande problema, se a apresentação não tivesse sido remarcada, se transformou em um dos melhores shows que a capital paranaense já recebeu.

Na saída do Yankee uma das funcionárias da casa comentou: “estou quase surda”. Isso é thrash metal, minha cara.

Confira três músicas do show do Destruction, “Nailed to the cross”, “Carnivore” e “Spiritual genocide”.

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