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Está formada a Aliança Eurasiana, aurora da Nova Ordem Internacional
Está formada a Aliança Eurasiana, aurora da Nova Ordem Internacional| Foto: Steve Turley

Nesta semana, o analista político americano Steve Turley trouxe uma reflexão crucial sobre as enormes mudanças ocorrendo no mundo atual. Segundo Turley, estamos diante do evento mais importante das relações internacionais desde a queda da União Soviética. Moscou, Pequim e os indianos uniram forças para colocar abaixo a ordem globalista internacional. E, por incrível que pareça, foram as sanções dos EUA que implementaram essa gigantesca transformação.

A dinâmica atual lembra muito a trama do filme “Duro de Matar”, estrelado por Bruce Willis. Os criminosos queriam acessar o cofre do Nakatomi Plaza. Eram meros assaltantes, mas se fingiram de terroristas para chamarem a atenção do FBI, que aplicou o protocolo padrão: desligaram a energia elétrica de todo o bairro. A queda de energia liberou a última parte do sistema de proteção do cofre. Conclusão: a reação para coibir o inimigo foi exatamente o que lhe deu a vitória. Esta era exatamente a reação que eles buscavam. Isso te lembra alguma coisa que está acontecendo no mundo hoje?

Moscou sabia que as sanções viriam, e estão capitalizando em cima da situação. E tudo indica que, por incrível que pareça, os EUA parecem estar cientes disso. As sanções deram a desculpa que Putin precisava para finalmente se desligar do Ocidente e, junto com Pequim e Índia, lançar as bases para o mundo pós-globalizado.

Para a Rússia, trata-se, no final das contas, de um grande movimento de emancipação. Eles estavam se preparando para isso desde 2014, quando anexaram a Crimeia. Teriam decidido se desligar de toda e qualquer dependência do dólar e do sistema bancário ocidental. Dessa forma, os EUA, a União Europeia e a Otan ficariam incapazes de instrumentalizar a economia como ferramenta geopolítica.

Como muitos oligarcas, empresas e cidadãos russos possuem grande vínculo comercial com o Ocidente, se essa “emancipação” fosse feita de outra forma ou em outro momento, haveria grande oposição interna. Entretanto, no contexto atual, não é Moscou que está se afastando, mas as potências ocidentais que estão “cancelando” a Rússia.

Scott Ritter, ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, escreveu um artigo recente muito elucidativo. O título é: “The Great Decoupling: How Western Sanctions Are Pushing Moscow East” (“A grande dissociação: como as sanções ocidentais estão empurrando Moscou para o leste”). Nele, o analista argumenta que os EUA estão esquecendo um princípio ancestral: “mantenha os amigos sempre perto, e os inimigos mais perto ainda”. Isso porque as sanções ocidentais empurraram Moscou para o colo de Pequim. Em suma, as medidas acabam prejudicando apenas a classe trabalhadora. É fato que a economia de Moscou tomou um baque. Mas a moeda russa começou a mostrar recuperação, o que surpreendeu analistas.

É possível que o Ocidente, ao contrário do que se imagina, esteja dando mais poder a Putin e enfraquecendo a ordem mundial globalista. Antes de iniciar o conflito na Ucrânia, no início dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022, Putin celebrou uma grande aliança com Pequim, capaz de compensar as sanções, principalmente sobre as exportações de alimentos e combustíveis, tendo em vista o enorme mercado interno chinês. Mas não só isso: os indianos acabaram de anunciar o lançamento de seu novo sistema internacional de pagamento, independente do Swift e do dólar, criado para viabilizar a continuação de suas relações comerciais com Moscou. Como se não bastasse, ontem mesmo oficiais chineses se reuniram com os indianos para resolver suas disputas territoriais. A nova aliança eurasiana está mais forte a cada dia.

Conclusão: o mundo acabou de assistir 40% da população global se desligar completamente do Swift e do dólar. Este é o total desmantelamento da ordem globalista. Talvez seja por isso que George Soros, sempre aficionado pelas “sociedades abertas”, esteja tão revoltado com Xi Jinping e Vladimir Putin.

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