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Tyler James Robinson foi indiciado no último dia 16 de setembro, pela Justiça dos EUA, por homicídio qualificado no assassinato de Charlie Kirk. Filho mais velho de um veterano da polícia, foi entregue à polícia pelo próprio pai.
A sangue frio, ele se posicionou a 200 metros de distância de onde Charlie estaria e atirou com um rifle Mauser .30-06 exatamente no pescoço da vítima, alvejada diante de uma multidão de jovens, entre os quais estava sua própria filhinha.
Nos EUA, a pena de morte pode ser executada por cadeira elétrica, enforcamento (em desuso), gás, pelotão de fuzilamento e injeção letal. No estado de Utah, onde ocorreu o crime praticado por Tyler, a lei autoriza os dois últimos métodos.
O fuzilamento é bastante raro. Apesar de estar previsto na legislação de cinco estados americanos, apenas três execuções foram realizadas até hoje. Em Utah, desde 2015, o pelotão de fuzilamento está autorizado.
O prisioneiro é colocado em uma cadeira com um capuz preto e amarrado com cintos na cintura e cabeça. Segundo o Centro de Informação sobre a Pena de Morte dos EUA (DPIC), caso os atiradores errem o coração, acidentalmente ou intencionalmente, o condenado morrerá devido à perda de sangue.
A injeção letal, por sua vez, é o método mais utilizado nas execuções por pena de morte nos Estados Unidos. Até hoje, pouco mais de 1.400 condenados foram executados por essa via.
Na maioria dos casos, utiliza-se o cloreto de potássio (KCl), o mesmo composto usado nos abortamentos de crianças maiores de 22 semanas, chamados de Assistolia Fetal.
Embora nos bebês não se utilize anestesia, na pena de morte o condenado é totalmente sedado, pois o KCl é um íon cardiotóxico e causa excitação das fibras nervosas do tipo C, promovendo extremo sofrimento antes da morte, equivalente a um infarto agudo do miocárdio.
Para se ter uma ideia do quanto é doloroso, há um caso histórico envolvendo um condenado por assassinato: o senhor Michael Wade Nance. Ele foi condenado à pena de morte no estado da Geórgia, onde se prevê a injeção letal de cloreto de potássio.
Como apresentava dificuldade de acesso venoso, seus advogados comprovaram que a anestesia não seria eficaz e que ele sentiria a dor causada pelo KCl. Após uma ação que durou sete anos, a Suprema Corte Americana lhe concedeu o direito de ser fuzilado. Ele preferiu ser alvejado por vários tiros a sentir a dor do KCl.
Diante desses detalhes, o leitor pode ainda se perguntar qual desses métodos seria mais “adequado” para tirar a vida de Tyler Robinson.
Se considerarmos toda a frieza, frivolidade, torpeza e desprezo que este assassino demonstrou pela vida de Charlie e de sua família, poderíamos pensar em aplicar a injeção letal sem anestesia, vingando-nos dele de maneira semelhante ao sofrimento dos bebês na Assistolia Fetal. Ou...
Podemos restaurar nossa razão e concluir que a pena capital é apenas mais um fruto da cultura da morte.
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Embora satisfaça a fúria vingativa que habita em nós, não tem efeito preventivo geral e apenas nos equipara àqueles que desrespeitam a vida
Da mesma forma, com razão e fé caminhando juntas, basta lembrarmos nossa natureza de irmãos, reconhecermos que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, decidir voltar ao redil, permanecer à vista do Pastor e amar o inimigo. Amá-lo com e pela graça de Deus, e, mesmo sem forças para tanto, perdoá-lo, assim como Erika Kirk fez diante de uma imensa multidão, no domingo passado.
Este é, sem sombra de dúvidas, o mandamento mais difícil que Jesus nos propõe, mas é seguramente o único caminho. Não há outro: amar e perdoar aquele que nos faz o mal. Esta é a porta estreita.
Rezemos para que Deus proteja e conforte Erika Lane Kirk e seus filhos, perdoe os pecados de Tyler e abençoe e fortaleça a família do assassino, que também perdeu a companhia de seu ente querido. Seu pai, sua mãe e seus irmãos também são vítimas desta terrível tragédia.




