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Juiz federal Sergio Moro, responsável pelo julgamento dos processo da Lava Jato em Curitiba, no plenário do Senado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Juiz federal Sergio Moro, responsável pelo julgamento dos processo da Lava Jato em Curitiba, no plenário do Senado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado| Foto:
Juiz federal Sergio Moro, responsável pelo julgamento dos processo da Lava Jato em Curitiba, no plenário do Senado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Juiz federal Sergio Moro, responsável pelo julgamento dos processo da Lava Jato em Curitiba, no plenário do Senado. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O clima foi de tensão na audiência pública realizada hoje (01) no plenário do Senado para debater o projeto de lei 280/2016, que trata de abuso de autoridade. Conduzido pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com a presença do juiz federal Sergio Moro, o debate acabou ocorrendo coincidentemente apenas um dia depois da aprovação pela Câmara dos Deputados de uma versão desfigurada das “Dez Medidas Contra a Corrupção”, capitaneada pelos investigadores da Lava Jato.

Um dos momentos de constrangimento para um plenário já “paralisado” pela tensão no ar foi quando, já ao final da audiência pública, Moro resolveu elogiar o trabalho do relator das “Dez Medidas Contra a Corrupção”, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Na visão do magistrado, Lorenzoni “buscou aprovar aquelas medidas [dos procuradores da República]” e “foi atacado”.

Embora o texto-base do relator tenha sido aprovado pela Câmara dos Deputados, mais de dez emendas apresentadas à matéria na sequência modificaram significativamente a ideia original dos investigadores da Lava Jato. Durante a votação no plenário da Câmara dos Deputados, na madrugada de quarta-feira (30), Lorenzoni recomendou a rejeição das emendas, irritando um grupo de parlamentares que o acusava de dialogar apenas com os procuradores da República, e não com seus pares na Casa. Lorenzoni chegou a ser vaiado durante a sessão.

A espécie de desagravo feita por Moro não passou despercebida por Renan, que resolveu alfinetar o parlamentar do DEM. “Antes de encerrar, eu queria dizer apenas que não houve aqui agressão ao relator da matéria na Câmara dos Deputados, ao Onyx Lorenzeti. Parece nome de chuveiro, mas não é nome de chuveiro. Com todo respeito e em favor dele, eu queria dizer que o teste de integridade [um dos pontos retirados das “Dez Medidas Contra a Corrupção”] vai fazer falta, porque pesa sobre ele uma acusação de ter recebido caixa dois de indústria de armas, e seria uma oportunidade para que ele, nesse teste de integridade, pudesse demonstrar o contrário, com o meu apoio”, ironizou o presidente do Senado.

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