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Eliseu Padilha, ministro-Chefe da Casa Civil, e o presidente da República, Michel Temer. Foto: Marcos Corrêa/PR
Eliseu Padilha, ministro-Chefe da Casa Civil, e o presidente da República, Michel Temer. Foto: Marcos Corrêa/PR| Foto:
Eliseu Padilha, ministro-Chefe da Casa Civil, e o presidente da República, Michel Temer. Foto: Marcos Corrêa/PR

Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil, e o presidente da República, Michel Temer. Foto: Marcos Corrêa/PR

Mesmo alvejado pela Operação Lava Jato, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), deve permanecer no cargo. A sinalização é de um dos auxiliares do presidente Temer, Rodrigo Rocha Loures, suplente de deputado federal pelo PMDB do Paraná.

Na sexta-feira (3), questionado pelo blog sobre o futuro de Padilha, Rocha Loures primeiro pontuou que o chefe da Casa Civil ainda não teve condições de apresentar suas explicações. Ele está internado por causa de uma cirurgia na próstata.

Mas, em seguida, Rocha Loures destacou que o presidente Temer “já estabeleceu as regras” para a exoneração de ministros de Estado em decorrência de fatos levantados pela Lava Jato – em suma, só serão “definitivamente afastados” aqueles que se tornarem “réus” no Supremo Tribunal Federal (STF).

Assim, hoje, se a regra lembrada por Rocha Loures for realmente aplicada, Padilha permanece na Casa Civil. “Ele primeiro irá a Brasília conversar com o presidente Temer. Mas já é conhecida a avaliação dele [presidente Temer] sobre os envolvidos na Lava Jato”, indicou Rocha Loures.

“RITO DA DEGOLA”

O “rito da degola” foi anunciado pelo presidente Temer no último dia 13. Pelas regras, aqueles ministros de Estado que forem citados em delações, ou mesmo aqueles que se tornarem alvo de investigação formal por parte da Procuradoria Geral da República (PGR), não serão afastados da Esplanada dos Ministérios.

Um afastamento – e temporário – só ocorrerá se a PGR, após concluir sua investigação, oferecer uma denúncia ao STF contra o ministro de Estado. Já uma demissão – o afastamento definitivo – só ocorrerá se o STF acatar a denúncia da PGR, transformando aquele ministro de Estado em “réu”.

PADILHA NO STF

Ao menos uma investigação contra Padilha pode começar em breve na PGR.

O nome do chefe da Casa Civil é dado como certo na “segunda lista de Janot”, prevista para ser entregue ao STF até sexta-feira (10).

Na lista, estão as dezenas de autoridades que, na visão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, precisam ser investigadas.

O relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, deve autorizar ou não o início das investigações tão logo receber a lista de Janot.

ROCHA LOURES

Como suplente de deputado federal, Rocha Loures assume uma cadeira na Câmara dos Deputados na terça-feira (7). Ele ficará na vaga do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), que no mesmo dia toma posse como ministro da Justiça e da Segurança Pública.

Na Câmara dos Deputados, Rocha Loures disse que ocupará uma das cadeiras de vice-líder do Governo Temer e que sua missão na Casa será a de “levar harmonia à base aliada”, ajudando na aprovação das reformas pretendidas pelo Planalto, especialmente a da Previdência Social.

“O meu desafio lá na Câmara dos Deputados é do tamanho da nossa base aliada”, disse Rocha Loures, ao destacar que, dos 27 partidos políticos com representantes na Casa, 20 apoiam formalmente o Governo Temer.

Leia mais: De “mago das planilhas” a “homem forte do governo Temer”, Padilha pode não voltar ao Planalto.

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