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Deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR). Foto: Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados
Deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR). Foto: Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados| Foto:
Deputado federal pelo Paraná Sergio Souza (PMDB). Foto: Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados

Deputado federal pelo Paraná Sergio Souza (PMDB). Foto: Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados

O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) foi eleito presidente da Comissão Mista do Orçamento (CMO), por aclamação, na tarde de hoje (17). A escolha pelo pepista é fruto de um acordo costurado na noite de ontem (16), após dias de disputa acirrada com o PMDB, que também queria a cadeira principal do colegiado. O nome do PMDB para a vaga era do deputado federal pelo Paraná Sergio Souza, que acabou ficando com a cadeira figurativa de segundo vice-presidente do grupo.

Tradicionalmente, o comando da CMO é definido anualmente por aclamação, sem disputa no voto. Desta vez, os parlamentares quase levaram para o pleito. Nos bastidores, corre que os peemedebistas só resolveram “abrir mão” da cadeira porque não tinham certeza de vitória se o assunto fosse para deliberação do grupo. E a derrota, neste momento, não é interessante para a sigla de Michel Temer.

Na balança, pesariam os votos dos quatro parlamentares do PT que integram o colegiado. No início das negociações, os petistas teriam concordado em apoiar Arthur Lira. Em troca, o senador Benedito de Lira (PP-AL), que é pai do deputado federal, votaria contra a admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma Rousseff no Senado. O senador do PP, contudo, votou favorável. Mas, ao mesmo tempo, como o PT prega oposição a Temer, ninguém sabe se aquele primeiro apoio prometido a Lira de fato seria transferido agora a Sergio Souza, mesmo após o recuo do senador.

Na dúvida, o PMDB não quis arriscar, preferindo firmar um acordo no qual a sigla comandaria a CMO em 2018. O acordo também prevê a entrega de relatorias importantes ao PMDB ao longo dos trabalhos deste ano.

Uma eventual derrota em um colegiado importante do Congresso Nacional respingaria no governo Temer, que tenta evitar desgastes a todo custo, especialmente neste complexo início de gestão. Além disso, mesmo se fossem para a disputa e saíssem vitoriosos, peemedebistas poderiam ser obrigados a enfrentar um efeito colateral indesejado: uma ala derrotada raivosa, com potencial para atrapalhar a vida do governo Temer.

A revisão da meta fiscal do orçamento de 2016, à espera de análise da CMO, é uma das prioridades do Executivo.

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