O PMDB de Michel Temer, que tem a maior bancada na Câmara dos Deputados, vai controlar três comissões técnicas na Casa, incluindo a principal delas, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). No total, são 25 comissões internas. A CCJ é a única que analisa todas as propostas protocoladas na Casa.
O líder do PMDB, deputado federal Leonardo Picciani (RJ), ainda não divulgou o nome que vai ocupar o cargo máximo da CCJ. Mas a escolha deverá ser feita entre Rodrigo Pacheco (MG) e Osmar Serraglio (PR).
Pacheco é o nome preferido de Picciani, mas Serraglio é o parlamentar indicado pelo grupo que trabalhou pelo impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados e que saiu fortalecido após a votação do último dia 17.
Picciani votou contra o impeachment. Pacheco só mudou sua posição – passando a ser a favor do prosseguimento do pedido de destituição – às vésperas da votação no plenário. Já o paranaense é um frequente crítico do PT e um dos mais aguerridos defensores do impeachment.
O líder do PMDB fará a indicação do nome até terça-feira (3).
O PMDB também ficou com a segunda comissão mais importante da Casa – a Comissão de Finanças e Tributação -, além da Comissão de Viação e Transportes.
Já o PT, que deve seguir para a oposição em um eventual governo Temer, ficou com a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle; Comissão de Direitos Humanos e Minorias; e Comissão de Cultura. Aliados do PT, o PDT ficou com a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e o PCdoB ficou com a Comissão de Legislação Participativa.
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