Embora o senador Alvaro Dias (PV-PR) não seja membro da comissão especial do impeachment contra a presidente Dilma, o paranaense já participou das duas reuniões do grupo no Senado. Na última, acabou enfrentando uma saia justa, no meio da discussão sobre quem seriam as pessoas convidadas por aliados e opositores, a título de contribuição ao esclarecimento da denúncia contra a petista. Irmão de Alvaro, o ex-senador Osmar Dias (PDT) foi um dos nomes defendidos pelos aliados, já que o pedetista ocupa uma das cadeiras de vice-presidente do Banco do Brasil e poderia falar sobre as “pedaladas fiscais”.
Defensor do impeachment, Alvaro chegou a questionar a necessidade de um representante do BB, mas o requerimento dos aliados acabou aprovado, embora o nome de Osmar Dias ainda não esteja confirmado.
“É a Vice-Presidência do Agronegócio que tem a responsabilidade sobre os contratos do Plano Safra. A única questão envolvendo pedalada fiscal que está na denúncia hoje é exatamente a operação de crédito referente ao Plano Safra, operacionalizado pelo Banco do Brasil. Portanto, eu, particularmente, acharia muito importante termos nesta Casa o ex-senador Osmar Dias”, disse a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que integra o “núcleo duro” de defesa da presidente Dilma.
“Eu creio ser importante preservar uma instituição da maior relevância para o País, que é o Banco do Brasil. Nós já estamos convocando o ministro da Fazenda e a ministra da Agricultura. Não vejo razão para se convocar representante do Banco do Brasil, expor aqui uma instituição que está acima dos governos, porque independe dos governos”, argumentou Alvaro.
“Na realidade, não querem a presença do Banco do Brasil aqui, especificamente do vice-presidente Osmar Dias, que, inclusive, é um homem que entende de contratos na área da agricultura, porque realmente ele vai chegar aqui e vai desmascarar a tentativa que há de imputar à presidenta um crime que ela não cometeu”, reforçou Gleisi.
Nas eleições de 2010, Osmar Dias disputou o governo do Paraná com o apoio do PT. Ele assumiu o cargo no Banco do Brasil após a derrota para o PSDB de Beto Richa – e também de Alvaro Dias, na época.
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