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Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

Seis associações ligadas ao Ministério Público divulgaram nesta quinta-feira (15) uma nota em apoio à atuação do procurador-geral da República Rodrigo Janot. As associações afirmam “repudiar as tentativas vis de desqualificar a atuação do Ministério Público Federal, sobretudo as dirigidas ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot”.

Nesta terça-feira (14), o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-RJ) disse que vai avaliar um pedido de impeachment de Janot. O pedido foi protocolado por duas advogadas ligadas a movimentos contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que alegam que Janot deu tratamento diferenciado a políticos do PT e do PMDB na Lava Jato.

“O postulado republicano de que todos são iguais perante a lei diz respeito tanto à proteção dos direitos fundamentais quanto ao dever de toda e qualquer pessoa responder por suas condutas ilícitas e criminosas. O Ministério Público cumpre ambos papéis com equilíbrio e altivez, malgrado as reações iníquas daqueles que jamais esperaram ser alcançados pela Justiça”, diz um trecho da nota.

As entidades afirmam ainda que a reação dos investigados é natural. “No momento em que um membro do Ministério Público move o sistema de Justiça para responsabilizar faltosos, é natural a reação adversa dos chamados a se explicar”, diz o documento. Para as associações, Janot “age sempre com total imparcialidade, de acordo com a lei, sem olhar a quem”.

Assinam o documento a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), a Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM) e a Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT).

Veja a nota na íntegra:

“A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), a Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM) e a Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT) vêm a público repudiar as tentativas vis de desqualificar a atuação do Ministério Público Federal, sobretudo as dirigidas ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.

O postulado republicano de que todos são iguais perante a lei diz respeito tanto à proteção dos direitos fundamentais quanto ao dever de toda e qualquer pessoa responder por suas condutas ilícitas e criminosas. O Ministério Público cumpre ambos papéis com equilíbrio e altivez, malgrado as reações iníquas daqueles que jamais esperaram ser alcançados pela Justiça.

Em um Estado Democrático de Direito é imperativa a necessidade de a Constituição ser respeitada, e é nesse sentido que atuam agentes públicos e instituições com o dever de aplicar o direito a todos indistintamente.

No momento em que um membro do Ministério Público move o sistema de Justiça para responsabilizar faltosos, é natural a reação adversa dos chamados a se explicar. Isto acontece diuturnamente, é parte do trabalho do Ministério Público e ordinário na carreira de seus membros, que sempre seguem cumprindo seu dever sem temor.

Quando a sociedade assiste ataques ao Procurador-Geral da República, presencia exatamente o mesmo comportamento, apenas com a diferença de que entre os investigados com os quais lida o Chefe do MPU, por força da Constituição, incluem-se algumas das maiores autoridades do país. O PGR, assim como o Ministério Público, age sempre com total imparcialidade, de acordo com a lei, sem olhar a quem.

Certos de que o Brasil já atingiu a maturidade institucional necessária para fazer com que o País atravesse momentos de turbulência política, econômica e jurídica, os membros do Ministério Público asseguram a população de que continuarão atuando com serenidade na defesa dos direitos e garantias constitucionais.

José Robalinho Cavalcanti, Presidente da ANPR            

Norma Angélica Cavalcanti, Presidente da CONAMP

Lauro Machado Nogueira, Presidente do CNPG

Ângelo Fabiano F. da Costa, Presidente da ANPT

Giovanni Rattacaso, Presidente da ANMPM

Elísio Teixeira Lima Neto,Presidente da AMPDFT ”

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