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Foto: Pedro Ladeira / Folhapress

Foto: Pedro Ladeira / Folhapress

Da coluna Delações Não Premiadas, publicada nesta segunda-feira (27) na Gazeta do Povo:

Análise mais detalhada do processo contra Claudia Cruz (foto), esposa do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que corre na Justiça Federal de Curitiba, mostra que ela tem aprendido a arte da manobra com o marido. No último dia 9, o juiz Sergio Moro acatou a denúncia contra Claudia e determinou a citação e intimação da ré para que, num prazo de dez dias, ela apresentasse sua defesa. O problema é que ela ainda não foi encontrada. Despacho do dia 21 afirma que ela foi procurada pelo oficial de justiça nos dias 14 e 17 de junho em sua casa no Rio de Janeiro. Numa das ocasiões, um funcionário informou que Claudia estaria morando em Brasília, com o marido, em imóvel da Câmara. O juízo determinou, então, nova citação da ré na capital federal.

Reação da defesa

Na sexta-feira (24), a defesa de Claudia Cruz reagiu com um documento em que afirma que ela foi informada por um de seus funcionários que fora procurada no dia 17 por um oficial de Justiça. Em contato com o oficial, já no dia 20, ele teria dito que iria devolver o mandado citatório ao juízo diante da mudança de endereço da ré. Os advogados ressaltam ainda que Claudia está, de fato, residindo em Brasília com o marido.

Apuração de vazamentos

A Mesa do Senado solicitou à Polícia Federal (PF) que apure o vazamento da delação do ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado. Trechos da gravação sigilosa, que envolvia o presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), foram divulgados pela imprensa em maio. Na época, o procurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou que a PGR não vazou o material e também pediu a apuração dos fatos.

Codinomes da propina

O técnico de informática Camilo Gornati, que prestou serviços para a Odebrecht, revelou em depoimento os codinomes utilizados na intranet do “departamento de propinas” da empresa. O dono da empreiteira, Emílio Odebrecht, era chamado de “Gigo”, e o presidente, Marcelo Odebrecht, usava “Giginho”. Gornati afirmou ainda que o servidor responsável por armazenar os dados informáticos da empresa ficava na Suíça, “por questões de segurança”.

Ovacionado

O juiz Sergio Moro foi aplaudido por mais de um minuto pelo público do show da banda Capital Inicial em Curitiba na noite de sábado (veja vídeo). Ele foi homenageado pelo vocalista da banda, Dinho Ouro Preto, pouco antes de a banda tocar a canção “Que país é esse?”. O juiz se levantou e acenou para os presentes em sinal de agradecimento.

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