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Cadê os mecenas deste país?
| Foto:
Edvard Munch
O Grito: quase que ele veio para o Brasil.

A coluna Radar, da revista Veja, informa que quase quase um empresário brasileiro levou “O Grito”, de Edvard Munch, leiloado esse ano. Carlos Sanchez, dono da SEM, de genéricos, chegou a oferecer US$ 85 milhões pela tele, que estava à venda na Sotheby´s. Foi um dos sete milionários que deram lances pela tela, que acabou sendo comprada pelo norte-americano Leon Black por US$ 120 milhões.

Até onde vi, Black ainda não havia se decidido se a tela ficaria em exposição no Metropolitan ou no MoMA, ambos em Nova York. Mas é assim que as coisas funcionam por lá. Boa parte das telas que estão nos grandes museus pertencem a particulares, que as deixam para exibição nas mãos de quem sabe cuidar delas.

Por aqui, há muito não temos grandes compradores de arte. Que eu saiba, o grande “patrono” do Masp, até segundo a biografia de Fernando Morais, foi Assis Chateaubriand, que funcionou mais ou menos como um chantagista de empresários nesse caso: alguém queria um favor dele, precisava comprar uma tela importante para o Masp.

Claro que não é o caso de chantagear ninguém. Mas era de se torcer que com o surgimento de uma economia mais forte e de novos bilionários por aí o Brasil começasse a trazer obras de arte importantes para cá. Afinal, fora o Masp, nossos museus parecem viver mais de exposições temporárias do que de acervo. É o caso do nosso Oscar Niemeyer, por aqui.

E esse seria o próximo passo importante para a evolução desses espaços: ter o que mostrar sempre, independente do que viesse para cá.

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