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Livro da semana – O velho e o mar
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Reprodução/Internet
Capa da Life: livro saiu na revista em 1952.

“O velho e o mar” foi publicado pela primeira vez na revista Life em 1952. O livro é curtinho e saiu inteiro de uma vez na revista. O resultado? A edição vendeu cinco milhões de cópias em dois dias.

Apenas para efeito de comparação: meio século depois, a revista Veja, campeã de vendas no Brasil, vende um milhão de exemplares por semana.

Ernest Hemingway a essa altura já era uma celebridade. Era autor de clássicos como “Adeus às armas” e “Por quem os sinos dobram”. Dois anos depois, em 1954, receberia o Nobel de Literatura.

Mas por que o livro vendeu tanto? E por que virou um clássico. A história é razoavelmente simples:

O personagem central é um velho pescador que há 84 dias não consegue trazer nada do mar. Decide ir mais longe, em alto mar. Fisga um marlim gigante, luta com ele por três dias. No caminho para casa, porém, é atacado por tubarões, que devoram o peixe.

Simples assim. E talvez seja justamente essa a força do livro. É quase como uma parábola. Curta, misteriosa, simples.

É quase como um Moby dick do século 20. Também é uma história marítima, de pesca (ou caça, no caso da baleia); também é uma luta do homem contra a natureza.

E assim como no caso de Moby Dick, a história se presta às mais variadas interpretações. Por exemplo: pode-se imaginar que se trata da luta do homem contra o envelhecimento; ou imaginar que se trata de um livro quase existencialista, em que se pergunta o sentido da vida, já que o pescador, velho e cansado, tem todo o seu esforço jogado fora no final das contas…

Assim como no caso de Moby Dick, porém, não é um livro feito para se encaixar em uma metáfora.

O próprio Hemingway disse isso.

“Nenhum bom livro jamais foi escrito que tenha símbolos que chegaram antes e ficaram lá… Eu tentei fazer um homem velho real, um garoto real, um mar real e um peixe real e tubarões reais. Mas se eu os fiz bem e verdadeiros o suficiente eles podem significar muitas coisas.”

Além de ser tremendamente bem escrito, “O velho e o mar” também traz uma daquelas vantagens importantes para quem tem pouco tempo para ler: não exige mais do que duas ou três horas de leitura.

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