Thomas Pynchon é uma figuraça. É um dos grandes nomes da literatura mundial. Mas não quer saber nem de longe de fama ou reconhecimento.
Desde que começou a escrever, sumiu do mundo. As fotos mais recentes dele são dos anos 50. Ninguém consegue entrevistá-lo, nem nada parecido. Sua última aparição pública foi num desenho dos Simpsons: aparecia com um saco de supermercado enfiado na cabeça.
Para lançar o seu novo livro, porém, Pynchon fez uma concessão. Produziu um “trailer” que foi parar na internet. E fez uma lista de músicas para escutar com o livro. Ele não aparece, claro. Mas já causou frisson nos fãs.
Vício Inerente, o novo livro, chegou no Brasil esses dias, pela Companhia das Letras. Foi traduzido pelo meu irmão, Caetano. E enquanto traduzia ele me contava coisas incríveis sobre o livro.
Agora, que já li, entendo o porquê.
O livro é muito divertido. Mais para a frente, faço um comentário mais longo. Por enquanto, caso alguém queira comprar um presente de Natal meio em cima da hora, ou pense em levar um livro divertido para a praia, fica a dica.
A história é sobre um detetive da Califórnia, em plenos anos hippies, que mistura trabalho (tramas intrincadas, tipo de livro noir) com muita psicodelia (drogas, surfe e gatinhas). As descrições dos hippies são engraçadíssimas. E a trama policial, meio rocambolesca, meio psicodélica por si só, é meio que uma homenagem a caras que não conheço bem (tipo Raymond Chandler).
Pynchon é conhecido como autor de romances históricos complicados, imensos, difíceis de ler. Esse é um livrinho mais fácil, mais agradável, mas igualmente bom.
Então, fica a dica. Está na livraria. E vale a leitura de verão.
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