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Quais são os maiores compositores do século 20?
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Reprodução/Internet
Stravinsky: a Sagração faz 99 anos.

Este blog, embora de maneira desarticulada, tem tentado montar listas de pessoas mais importantes em cada área de atuação no século 20. A ideia é, no fim, fazer uma listinha (sem pretensões, é claro), das dez pessoas que mais mudaram o rumo no século passado. Dessa vez, vamos aos compositores (só os clássicos, por enquanto. Semana que vem, tem um post sobre música popular…)

O mundo da música clássica teve pelo menos um gênio no século 20. Dificilmente alguém negará que Igor Stravinsky foi o grande nome de sua época. O homem revolucionou a música cênica, a música de concerto, colocou ritmos novos em jogo, compôs muito e música de todos os tipos. Foi a vanguarda dos anos 10, retomou o classicismo nos anos 20, fez música serial, atonal e de tudo um pouco.

Seu grande competidor talvez tenha sido Arnold Schoenberg. O grande nome da segunda escola vienense invetnou o dodecafonismo, o que, ele sabia, deixaria seu nome na história. Stravinsky sabia que aquele era o homem à sua altura, tanto que só depois da morte do rival escreveu música dodecafônica.

Junto com Schoenberg, há os dois outros serialistas da época: Berg e Webern (o mais fácil de ouvir e o mais simpático, acho eu). Mas se fosse para escolher um terceiro grande nome da época, provavelmente a crítica ficaria com Bartók – o grande pesquisador de música popular que escreveu, entre outras coisas, alguns dos cocertos para piano e quartetos mais importantes do século.

Eu, pessoalmente, entre os dessa safra, sou mais fã de Stravinsky e Ravel. Não sei se tem outra música sinfônica de que eu goste mais do que do Concerto em Sol para piano, de Ravel. Ô sujeito para fazer coisa bonita. E o Bolero. E a Valsa. E as Valsas Nobres e Sentimentais… Bom demais.

Os russos também têm gente boa: Shostakovich e Prokofiev estariam na briga. Rachmaninoff, embora popular, é desprezado por muita gente sério como um romântico de segundo time.

Britten é o oposto. A crítica ama, mas é pouco ouvido. Mais famosos são os compositores do período que usaram música nacionalista de cada país. Villa-Lobos entraria nessa lista, sem nenhuma condescendência. Junto com Sibelius e Manuel de Falla, por exemplo.

Curioso é que quase todos os compositores mais famosos (mais importantes?) são da primeira metade do século. Na segunda metade, tem gente de peso, claro. Mas o afastamento da população fez deles muito menos populares. Até porque muitos fazem música ultracerebral, difícil mesmo.

É o caso de gente como Pierre Boulez, Stockhausen, John Cage. Ou Luciano Berio, Luigi Nono. Ninguém nega a importância deles. Mas basta ver o quanto são pouco tocados para ver que falta alguma coisa para chegar a ser tão importantes quanto um Stravinsky.

Talvez quem tenha conseguido burlar esse problema seja outro húngaro-romeno como Bartók (os dois nasceram na fronteira). Ligeti, na minha modesta opinião, foi o cara que conseguiu fazer música séria, boa e ao mesmo palatável na sua geração. Será que vai “ficar” para a história?

Quem seriam os outros candidatos? Penderecki? Lutoslawski? Há quem goste dos minimalistas, como John Adams, Philip Glass…

E você? Quais são seus favoritos?

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