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População do mundo, una-se: sete bilhões de cabeças pensam melhor
| Foto:
Sanja Gjenero / Stock.Xchng
Não sejamos apenas sete bilhões de peões: é preciso que façamos a diferença no jogo da vida

Hoje é comemorado o Dia Mundial da População. E que população! Somos 6,9 bilhões de pessoas sobre a Terra – até o final do ano, seremos sete bilhões. É muita gente, gente! Já dizia o religioso inglês William Ralph Inge: “É bom não esquecer que a ordem de ‘crescei e multiplicai-vos’ foi dada quando a população do mundo consistia de duas pessoas”. Essa frase foi concebida em meados do século 20, quando o mundo tinha “apenas” 2,5 bilhões de pessoas. Como se nota, esquecemo-nos da lição: cerca de 60 anos depois, a população quase triplicou (havíamos demorado 200 anos para triplicar os 800 milhões de habitantes de 1750 e chegar aos 2,5 bilhões de 1950).

Se o número de pessoas cresce, cresce também a quantidade de problemas. Diante disso, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) lança hoje a campanha 7 Bilhões de Ações, uma iniciativa que convida as pessoas a pensarem juntas maneiras de solucionar os desafios da sociedade atual. Para acessar o site da campanha, clique aqui. A propósito, eis um trecho da mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, para este Dia Mundial da População:

“Ainda este ano, nascerá o sétimo bilionésimo bebê em nosso mundo de complexidades e contradições. Temos alimentos suficientes para todos, ainda que quase um bilhão de pessoas passe fome. Temos meios para erradicar muitas doenças, ainda que elas continuem se espalhando. Temos o presente de um meio ambiente natural rico, ainda que ele continue sujeito ao abuso e à exploração diária. Todas as pessoas sonham com a paz, ainda que muitas partes do mundo estejam em conflito e mergulhadas em armamentos. Superar os desafios desta magnitude requer o melhor de cada um de nós. Vamos utilizar este Dia Mundial da População para tomar atitudes determinantes para criar um futuro melhor para os nossos sete bilhões de habitantes e para a próxima geração.”

De fato, não adianta chorar sobre o leite derramado. O que foi feito, está feito. O que foi concebido, concebido está. Agora, é lidar com a situação, conceber novas ideias e fazer o que for possível. Porque, ainda que seja difícil, é possível. Basta que nos lembremos de que não somos apenas sete bilhões de pessoas, com sete bilhões de problemas (como meio vazio), mas que temos também sete bilhões de oportunidades e possíveis soluções (como meio cheio), pois somos sete bilhões de cérebros – como bem assinalou o professor Efraim Rodrigues, em artigo publicado na Gazeta do Povo há um par de anos.

Dá para resolver essa situação, acabar com esse bicho de sete cabeças. Basta que nós usemos as nossas sete bilhões.

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Agudas

– “As massas não sabem o que querem, mas sabem o que não querem.” (Paulo Francis) Será mesmo?;

– Controle de natalidade? Aceito, mas com o uso do único método verdadeiramente eficiente e duradouro: educação plena (quem já viu o filme Idiocracy?). Um dos mais famosos juristas norte-americanos, Clarence Darrow, costumava dizer: “Quando ouço as pessoas discutindo o controle de natalidade, sempre me lembro de que fui o quinto”. O problema não é ter cinco, dez ou quinze filhos, o problema é tê-los de maneira irresponsável.

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