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Brasil vive “hype” de empreendedorismo
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Cristiano Sant’Anna/indicefoto
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O Brasil vive um “hype” de empreendedorismo, mas a qualidade dos novos negócios ainda é fraco, afirmam os fundadores das principais aceleradoras do país. As aceleradoras são empresas ou instituições que ajudam startups a rentabilizar seus negócios com maior rapidez. Disputadas pelos jovens empresários, elas em geral prestam serviços de mentoria, são essenciais para aumentar a rede de contatos e em alguns casos também fazem aporte financeiro.

Num debate ontem na Campus Party, em São Paulo, o consenso entre os administradores de aceleradoras é que falta “massa crítica” para o mercado brasileiro. “Nunca conseguiremos emular um Vale do Silício, porque ninguém conseguiria fazer isso, nem os próprios americanos. Foram condições muito específicas que ajudaram aquela região. Mas no Brasil ainda temos de fomentar o ecossistema. Juntar investidores, empreendedores e incubadoras”, afirmou Pedro Waengrtner, fundador da Aceleratech.

Para o diretor da Wayra no Brasil, aceleradora global da Telefônica, Carlos Pessoa Filha, o Brasil vive um momento em que ser empreendedor é “super cool”. “Ninguém mais é microempresário. Agora todo mundo é empreendedor. O `hype` existe, mas isso não quer dizer que não existam oportunidades”, afirma Carlos. A Wayra começou a funcionar no Brasil em 2011 com o objetivo de ajudar 16 startups todos os anos. Oferece até R$ 100 mil para cada empresa, além de um local, em São Paulo, com acesso a mentores do Grupo Telefônica e serviços como internet e telefonia.

Critérios

Enquanto algumas aceleradoras preferem apostar em ideias que deram certo lá fora, outras procuram projetos inéditos. A aceleradora 21212, do Rio de Janeiro, está no primeiro caso. Para a empresa, as startups selecionadas precisam “sonhar grande” e ter um modelo de negócio testado. “Se deu certo nos EUA e na Europa, maior a chance de dar certo aqui”, diz o fundador Marcelo Salles. No ano passado, segundo ele, o processo para conseguir entrar na 21212 foi “mais difícil que entrar em Harvard”. Foram selecionadas 2% das empresas inscritas.

O que todos concordam, porém, é que a qualidade da equipe envolvida é fundamental. “O projeto pode ser maravilhoso, mas com um time ruim não vai para frente. Por outro lado, um projeto mais ou menos com um time muito bom vai pra frente”, disse Felipe Matos, da Startup Farm.

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