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A necessidade da formação técnica no Brasil
| Foto: Imagem de Lifestylememory em Freepik

É fato: a educação é a ferramenta certa para o desenvolvimento pessoal e profissional. Diante das modalidades, o Ensino Técnico é uma possibilidade rápida e interessante para o sujeito que deseja se inserir no mercado de trabalho. Com o novo Ensino Médio, há possibilidade de a formação técnica ser integrada ao currículo, de modo que o aluno possa cursar uma habilitação profissional técnica ao mesmo tempo que cursa as disciplinas da Formação Geral Básica.

Além disso, o Técnico também é uma opção de desenvolvimento profissional para pessoas que já concluíram o Ensino Médio, ou até mesmo para aquelas que estejam cursando o Ensino Superior ou, ainda, para quem finalizou uma graduação e deseja incrementar o seu currículo.

Os cursos técnicos têm como um de seus principais diferenciais o foco no ensino prático em diversas áreas de atuação e interesse. Esses cursos fornecem aos alunos competências e habilidades fundamentais para atender às demandas do mercado de trabalho tanto no âmbito nacional quanto internacional.

Um ponto de atenção é a carência de profissionais técnicos que o Brasil apresenta. Enquanto outros países têm essa modalidade de ensino como a base de suas economias, por aqui precisamos com urgência da formação de profissionais habilitados para atender ao setor industrial.

A indústria não apenas desempenha um papel fundamental na criação de oportunidades de emprego, mas também é responsável por gerar riqueza.  O estado do Paraná tem o 4º maior PIB industrial do país (ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais). O setor industrial corresponde a 26% do PIB paranaense – a soma de tudo o que é produzido no Estado. Estudo realizado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, apresenta que, até 2025, o Paraná precisará qualificar 833,5 mil pessoas em ocupações industriais, sendo mais de 80% em aperfeiçoamento e requalificação profissional.

Entre as áreas com maior demanda por formação, destacam-se: Transversais, Metalmecânica, Logística e Transporte, Alimentos e Bebidas, e Construção. As ocupações transversais são aquelas que permitem aos profissionais atuarem em diferentes áreas, como Técnico em Segurança do Trabalho, Técnico de Apoio em Pesquisa e Desenvolvimento e Profissionais da Metrologia, por exemplo.

As ocupações industriais são aquelas que envolvem habilidades e conhecimentos relacionados à produção industrial, mas também são necessárias em outros setores da economia. Com a adoção de novas tecnologias e mudanças na cadeia produtiva, o mercado de trabalho está passando por uma transformação significativa. Como resultado, é cada vez mais importante que o Brasil invista na atualização e requalificação dos trabalhadores para atender às demandas do mercado. Segundo a CNI, estima-se que o país precisa de cerca de 9,6 milhões de trabalhadores qualificados para atender as atuais necessidades.

Diante dos dados e da necessidade crescente apresentada pelo setor industrial, a formação técnica, e em especial a integrada no novo Ensino Médio, é uma ferramenta extra para o desenvolvimento pessoal dos estudantes, possibilitando que eles se coloquem à frente no mercado de trabalho. Enquanto educadores, cabe a nós apresentar a nossos alunos o cenário atual das necessidades do mercado de trabalho para que eles possam fazer o discernimento de qual área ou modalidade de ensino desejam seguir.

Everton Andreassa é professor de Ciências Humanas do Sistema Fiep, formado em Geografia e Filosofia, e colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no Blog Educação e Mídia.

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