

Há poucas décadas o jovem que alcançava uma escolaridade equivalente ao atual ensino médio e fazia um curso de datilografia tinha uma alta probabilidade de conseguir um bom trabalho, no entanto, hoje a realidade é outra e nem mesmo um curso universitário traz a mesma garantia. Diante do aumento da velocidade das mudanças no mundo do trabalho e na sociedade como um todo, faz-se necessário questionar como será o profissional das próximas décadas e quais as responsabilidades das instituições de ensino na formação deles?
Vivemos uma época de profundas transformações impulsionadas pela globalização, crises econômicas, revolução tecnológica e pela crise socioambiental. Esses complexos fatores de mudanças, entre diversos outros, indicam que as próximas gerações não viverão em um contexto igual ao atual e que a velocidade das transformações será cada vez mais rápida. Diante desse cenário futuro de incertezas, marcado normalmente por previsões pessimistas, deixo uma reflexão ao leitor: quais serão os conhecimentos, habilidades e atitudes que um indivíduo precisará nas próximas décadas?
Talvez seja impossível prever o perfil do profissional do futuro, mas podemos ter algumas ideias do que será fundamental. Uma dessas habilidades será a capacidade de lidar com mudanças, de abandonar conceitos antigos, que foram válidos em outras épocas e encontrar novos paradigmas que respondam à realidade em que se vive. Para isso, torna-se necessário aprender a aprender, a ser criativo, a ser focado em resolver problemas e a encontrar junto às outras pessoas novas respostas. Tais características dependem menos de um repertório de informações e conhecimentos prontos do que do desenvolvimento de outras inteligências como a emocional e a interpessoal.
Diante da certeza que o futuro exigirá pessoas hábeis para lidar com novos problemas precisamos transformar o paradigma atual da educação, que prioriza a transmissão de informações e o desenvolvimento intelectual, para um sistema de ensino que promova o desenvolvimento integral do ser humano, também considerando seu potencial criativo, emocional, relacional e existencial. Desenvolver as múltiplas inteligências não apenas será um diferencial no mundo do trabalho, mas também beneficiará todas as áreas da vida do indivíduo e da sociedade.
>> Este artigo foi escrito por Luciano Diniz, coordenador da pós-graduação em Educação Integral da Associação Gente de Bem.
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