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Atividades competitivas nas aulas de Educação Física
| Foto: Imagem de Freepik

Muito se tem falado sobre as atividades cooperativas nas aulas de Educação Física. Sim, penso que a cooperação é importante para o desenvolvimento das capacidades motoras e cognitivas, desde a educação infantil até o ensino médio, mas hoje quero dar uma atenção especial à importância das atividades competitivas e como estas podem ser uma ferramenta essencial para o desenvolvimento físico, mental, afetivo e psicológico das crianças e adolescentes.

Vocês devem estar se perguntando: mas por que estimular a competição nas aulas de Educação Física? Simples: a vida nos exige uma postura de resoluções de problemas nas mais diversas frentes em que atuamos e as atividades competitivas permitem que o aluno vivencie sensações que podem proporcionar benefícios como o de conhecer seus próprios limites, respeitar as diferenças individuais e coletivas, desenvolver a cooperação, lealdade, responsabilidade, autoconfiança, comprometimento, justiça, confiança, resiliência, amizade e hierarquia, além de auxiliar na qualidade de vida.

Entendo que atividades competitivas podem gerar frustrações nos alunos, mas isso faz parte do processo da formação do indivíduo, pois será necessário que este se reestruture e esteja pronto para enfrentar um novo desafio.

Saliento que o papel do professor de educação física é fundamental para identificar as lacunas que ocorrem durante o processo de formação e é essencial ter um canal de comunicação com os alunos para conseguir dar o suporte necessário, quando estes assim necessitarem. Friso aqui a importância de, ao final das atividades, estimular o reconhecimento dos colegas que conquistaram os primeiros lugares na atividade proposta, ressaltando que foram os melhores naquela ocasião pois estavam melhor preparados, por isso conquistaram aquela colocação. Valorizar a meritocracia na fase escolar faz com que os alunos reconheçam que o esforço despedido para atingir determinado objetivo é o que permite conquistar nossas metas, fazendo com que estes conheçam gradativamente seus limites e os superem.

Reforço que precisamos ministrar aulas de educação física com atividades que permitam que os alunos experimentem os mais variados movimentos do corpo e da mente, no que se refere a atividades competitivas e não-competitivas, mas ressalto a importância de incentivá-los e prepará-los cada vez mais para atuarem com segurança no mundo competitivo, que logo será lhes apresentado na vida adulta.

As atividades competitivas nas aulas de educação física são uma forma saudável de os alunos conhecerem e superarem seus limites e, como professora, procuro estar sempre atenta para orientá-los em direção à superação. É essencial que nós, professores de Educação Física, estejamos sempre atentos para direcionar os alunos que, seja por afinidade ou por qualidades motoras, queiram praticar esportes de rendimento, onde aí sim a competição é constante. Mas esse é um assunto para outro texto.

Vanessa Pinto Miranda é professora de Educação Física no Colégio SESI Internacional Trilíngue, em Foz do Iguaçu-PR, possui pós-graduação em Gestão Pública do Esporte, Gerenciamento de Projetos e Planejamento e Gestão em fronteiras e contribui voluntariamente com o blog Educação e Mídia.

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