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(Foto: Acervo)

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Faça um pequeno teste: imagine um adolescente de 2016, com todo acesso a tecnologias de ponta à disposição, uma comunicação cada vez mais veloz, inserido no ambiente escolar da década de 80.  Ele com certeza teria dificuldades para absorver o conteúdo das disciplinas no modelo expositivo com os quais as escolas trabalhavam. A geração Y hoje é quem frequenta as salas de aula; e esses jovens não querem ser apenas receptores de conteúdo, eles necessitam ser parte do processo criativo e de forma colaborativa. É dessa forma que eles enxergam o mundo em vários aspectos sociais, por isso com a educação não pode ser diferente.  O que eles esperam é que não existam mais barreiras que separem o processo de aprendizado.

Mas como tornar conteúdos por vezes maçantes, mas da maior importância, em prazerosas ferramentas de conhecimento? A solução está no envolvimento. Quando a educação se propõe a se inserir na realidade do aluno, o caminho fica mais fácil. Se o que esses jovens querem é envolvimento naquilo que aprendem, se eles esperam fazer parte da realidade de estudo, é nisso que se deve apostar. Um exemplo que tem excelente retorno é uma iniciativa do Sindicato da Indústria Moveleira do Paraná: há três anos eles realizam um concurso em que alunos do estado podem elaborar um projeto de um móvel inédito. Parece complexo à primeira vista, mas não é. Tampouco essa atividade limita os estudantes a apenas uma disciplina.

Os alunos que se desafiam a criar esse novo móvel ampliam seu conhecimento em diversas áreas de estudos alinhadas com as disciplinas escolares. Aprende-se sobre tendência do design associado à arte, proporções e medidas, que contemplam a física e a matemática, os tipos de materiais utilizados, que englobam a química e a biologia, ergonomia, com os cuidados que a educação física nos ensina, além de entender, até mesmo, do pensamento na promoção desse produto criado, o que envolve a língua portuguesa e a língua inglesa.

Veja que, com esse projeto, ensina-se sobre conteúdos pertinentes à grade curricular e aos exames vestibulares de forma que os alunos se envolvem na realização de uma atividade prática feita por eles. Uma forma intersseriada de aprender, sem separar em apenas uma disciplina. Soma-se a todo o processo as consultas pela web, o uso de aplicativos e a troca de informações online com profissionais do meio; situações que estão no cotidiano desses jovens que devem inserir no meio educacional também.

Com esse modelo de trabalho, os adultos de hoje, que foram adolescentes dos anos 80, iriam querer regredir no tempo para poder ter a oportunidade de aprender nesse modelo mais participativo e próximo da realidade de quem, muito em breve, vai estar no mercado de trabalho.

*Artigo escrito por Lilian Luitz, psicopedagoga especialista em desenvolvimento pessoal e familiar e gerente de educação do SESI Paraná. O SESI colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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