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Curta-metragem mistura educação, brincadeiras e uso das mídias
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O recreio escolar é um dos momentos mais esperados pela criança. Brincadeiras de bola, amarelinha, corda, mãe-se-esconde, ping pong, capoeira e muitas outras que fazem parte do cotidiano dos alunos tomam conta do pátio das escolas. Mas imagine só se, um dia, uma Lei Federal decretasse o fim do recreio? Difícil de pensar, mas o curta-metragem “O Fim do Recreio”, premiado na 11ª Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, não só pensou como colocou em prática um roteiro original, que relacionou Educação, Cultura e Mídias.

O filme é protagonizado, em sua maioria, por alunos e professores reais da Escola Municipal Lauro Esmanhoto, em Curitiba, deixando o resultado final de braço dado com a realidade, mesmo sendo um produto de ficção. O roteiro fala de um grupo de crianças que se mobiliza para derrubar um projeto de lei que pretende acabar com o recreio. Um dos alunos encontra uma câmera de vídeo no almoxarifado da escola e sai registrando as brincadeiras que acontecem no pátio escolar, além de captar alguns depoimentos de colegas sobre a possibilidade do fim desse momento que todos adoram. A câmera acaba nas mãos da diretora da escola, que fica impressionada com a qualidade do material captado pelos estudantes, o que a faz divulgá-lo na internet. O vídeo “bomba”, se espalhando rapidamente e tendo repercussão internacional em diversos veículos de comunicação. Com tudo isso, a manifestação das crianças ganha força, engavetando o projeto de lei.

Os diretores do curta-metragem, Nélio Spréa e Vinícius Mazzon, fazem um resgate das brincadeiras infantis que, muitas vezes, passam de geração a geração, mantendo viva a nossa cultura. Com uma linguagem divertida e espontânea, além de uma narrativa que valoriza o humor, delicadeza e sensibilidade, a ficção mexe com o imaginário não só de adultos, mas especialmente das crianças, que se envolvem com a história. Exemplo disso é o depoimento de um dos atores do filme, Wesley Eduardo Alves de Lima, 11 anos: “se acontecesse de verdade, de acabar com o recreio, eu faria o mesmo que o meu personagem fez: um protesto e não deixaria isso acontecer”. O curta, que é uma produção da Parabolé – Educação e Cultura, ainda está participando de outros festivais. Em breve, estará à disposição do público.

>> Patrícia Melo é jornalista desde 2001 e há sete anos atua em benefício da Educação por meio da Comunicação. Hoje, também é empreendedora, com a Presença – Comunicação Educacional, que tem como objetivo a produção de textos, entrevistas, reportagens e projetos comunicacionais direcionados especialmente ao universo educacional. Dessa forma, contribui para um diálogo mais consistente e criativo entre a Escola e a Família.

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