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Despertando a paixão pela Educomunicação
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Neste ano, a Educomunicação começou a fazer parte da minha vida de uma forma muito mais intensa. Já havia escutado e visto este termo em palestras, artigos e blogs, mas nunca tinha mergulhado na busca da essência sobre o conceito e nem de experiências que têm como base as práticas educomunicativas.

Em fevereiro de 2012, iniciei um projeto empreendedor e desafiador. Decidi deixar a área corporativa e começar o meu próprio empreendimento. Desde que conclui a graduação em Jornalismo (2001 – Universidade Estadual de Ponta Grossa), a Educação esteve ligada ao meu cotidiano profissional. Atuei como jornalista e redatora em diferentes instituições direta ou indiretamente ligadas ao mundo educacional. Por isso, pensei: “é neste caminho que devo seguir”. Hoje, com a Presença – Comunicação Educacional, sou uma ‘microempreendedora individual’, tendo como missão fortalecer o elo entre a família e a escola por meio da Comunicação.

No entanto, esta trajetória que trilho com a Presença é também um degrau para alcançar o objetivo que tenho delineado: atuar futuramente com a Educomunicação. Sendo assim, em 2012, abri a mente para conhecer diferentes experiências e para me aprofundar no conceito. Fui até São Paulo participar do IV Encontro Brasileiro de Educomununicação, conheci iniciativas como o Ler e Pensar, do Instituto GRPCOM, o Midiaeducação, do Colégio Medianeira, e as ações da Ciranda – Central de Notícias dos Direitos da Infância e da Adolescência. Também fiz a leitura do livro “Educomunicação – o conceito, o profissional, a aplicação”, de Ismar de Oliveira Soares e agora me preparo para ler as obras “Idade Mídia: a comunicação reinventada na escola”, do jornalista Alexandre Le Voci Sayad, e “Reinventando a Educação: diversidade, descolonização e redes”, de Muniz Sodré.

Nessa procura por experiências que têm como base o processo educomunicativo, descobri que muitos grupos desenvolvem projetos bem interessantes. Mas que, em alguns casos, muitas pessoas desconhecem. Um exemplo são os filmes produzidos com os alunos de escolas estaduais de duas ilhas do litoral do Paraná. Acadêmicos do projeto Mídia-Educação do curso de Graduação em Linguagem e Comunicação da Universidade Federal do Paraná, sob a orientação do professor Fábio Messa, realizaram dois curtas-metragens com adolescentes da Ilha Rasa e Ilha das Peças.

“A Noiva do Pé de Guanandi” e “A Mulher de Branco” foram produzidos a partir do olhar dos alunos sob os relatos orais dos membros das comunidades das ilhas, dando visibilidade às lendas e aos mitos dessa região. Os adolescentes participaram de tudo, desde a interpretação dos personagens, da direção, da sonoplastia, operaram câmeras e elaboraram o roteiro. “A produção midiática, além de despertar o interesse dos alunos em aprender com o ato de produzir, também traz uma reflexão sobre as formas convencionais de cinema, abrindo um espaço de possibilidades de criação. Passam de apenas receptores a produtores na construção do conhecimento, fazendo
um material com a cara deles”, explica Alexandre Batista de Almeida, um dos estudantes da UFPR e que trabalhou com o projeto nas ilhas.

Conheça mais sobre os filmes no blog.


Patrícia Melo é jornalista desde 2001 e há oito anos atua em benefício da Educação por meio da Comunicação. Hoje, também é empreendedora, com a Presença – Comunicação Educacional, que tem como objetivo a produção de textos, entrevistas, reportagens e projetos comunicacionais direcionados especialmente ao universo educacional. Dessa forma, contribui para um diálogo mais consistente e criativo entre a Escola e a Família.

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