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(Foto: Alexandre/Gazeta do Povo)
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(Foto: Alexandre/Gazeta do Povo)

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O Dia Internacional da Mulher talvez seja uma das datas mais rentáveis para as floriculturas. Muitas empresas compram flores para suas funcionárias; maridos, namorados e filhos oferecem rosas para as mulheres de suas vidas; lojas entregam flores nas portas para suas clientes ou para atrai-las; escolas e instituições colorem seus espaços e louvam as mulheres em “seu dia”.

Nada contra! Em geral as mulheres gostam de flores, carinho, mimos. Todos os dias de preferência! Mas junto com isso, respeito, valorização.

Por isso é importante alertar para que esta data e sua história de luta emancipatória não se percam e sejam substituídas por um significado simplista e adequado ao mundo capitalista em que vivemos, que tende a transformar movimentos e lutas apenas em produtos para sua gula financeira.

Cabe lembrar que enquanto houver mulheres trabalhando nos mesmos postos de trabalho de homens, mas ganhando menos que eles; que sofrem violência física e psicológica de seus companheiros; que já receberam um NÃO e foram proibidas de fazer qualquer coisa simplesmente por serem mulheres, a luta continua. Uma luta por políticas públicas que garantam igualdade, autonomia das mulheres, possibilidade de estarem livre da opressão e da violência que um mundo machista nos impõe. Sejam elas hetero, lésbicas, trans ou de qualquer gênero e orientação sexual, classe social, credo ou raça.

Lembrar a luta histórica pelo voto feminino, por melhores condições de trabalho, pela igualdade de gênero entendida aqui como um direito humano básico, pelo direito de mulheres estudarem, trabalharem e estarem onde elas querem é lutar por um desenvolvimento mais justo, inclusivo e sustentável, como defende a UNESCO.

Nesta data nunca será demais lembrar e inspirar-se nas mulheres que vieram antes de nós e foram para as ruas protestar, fizeram greves nas fábricas e deram suas vidas a uma causa que tem gerado frutos até hoje nas vitórias que vamos conquistando dia a dia, em novas leis e benefícios. Também não devemos esquecer nem nos calar diante da violência e opressão que milhares de mulheres sofrem hoje. E lembrar que para as mulheres e homens do futuro uma educação igualitária começa agora, dentro de casa e nas escolas, com diálogo e respeito.

*Cristiane Parente de Sá Barreto é Jornalista, Educomunicadora, Sócia-Fundadora da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom), Doutoranda em Comunicação e Pesquisadora do Centro de Estudos em Comunicação e Sociedade – CECS da Universidade do Minho, Bolsista da CAPES, Mestre em Educação pela UnB e em Mídia e Educação pela Universidad Autónoma de Barcelona. A profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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