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(Imagem: Divulgação)

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Muitas vezes os instintos dos pais falam mais alto e eles acabam por tentar resolver todos os problemas que o filho enfrenta, sem incentivá-lo a tomar iniciativa para solucionar as dificuldades por conta própria. Porém, incentivar os filhos a refletir sobre essas questões e a agir com independência no dia a dia é de extrema importância para uma formação plena. Estimular que a criança aprenda a cuidar de si mesma não quer dizer deixar com que os filhos tomem suas próprias decisões. A independência e a autonomia não estão necessariamente atreladas à tomada de decisão. Antes de tudo, autonomia diz respeito à capacidade da criança de cuidar de si, de seus pertences e suas relações.

Quando inicia a sua idade escolar, a criança precisa desenvolver habilidades sociais por sair do ambiente familiar – onde a convivência é mais restrita – para ingressar em outras esferas. A criança vai desenvolvendo suas habilidades sociais e atritos, desconfortos e tantos tipos de frustrações podem acontecer.

Ao adulto cabe o aconselhamento, o olhar zeloso para conduzir esses momentos de crise com tranquilidade e segurança para poder, quando necessário, usar palavras de incentivo, sem valorizar demais ou fragilizar essa criança. Às vezes o que eles precisam é de alguém que escute o que aconteceu e dê um ‘colinho’. Esse aconselhamento deve ser seguido de perguntas, para que a criança reflita sobre o que aconteceu.  É importante questionar sobre os sentimentos para que haja reflexão. Como se sentiu? Por que ficou triste? O que pode fazer diferente da próxima vez?. O reforço positivo também é uma boa maneira de estimular a autonomia. A confiança legítima na capacidade da criança é fundamental, pois gera segurança para ela. Ser coerente, antes de tudo, também reforça os conceitos passados pelos pais, pois a criança aprende pelo exemplo, pelo que vivencia. E ela percebe quando há um descompasso entre a teoria que os pais pregam e sua prática.

O fato é que  a autonomia é garantia de sobrevivência para o desenvolvimento do ser humano, além de ser um pilar na construção da autoestima, pois o sentimento de satisfação ao “fazer sozinho” é uma experiência única.  Para que isso aconteça é importante estimular que os filhos comecem a desenvolver pequenas tarefas sozinhos – como guardar os brinquedos, apertar a descarga ao sair do banheiro, lavar suas próprias mãos, por ou tirar a roupa – para desenvolver essas habilidades. É natural que a criança queira experimentar e cabe ao adulto dar a oportunidade pra que o faça.

Mas, nem tudo precisa ser participado ou decidido por uma criança.  Há decisões que são tomadas pelos pais e colocadas aos filhos. Antes de tudo, autonomia diz respeito a capacidade da criança de cuidar de si, de seus pertences, suas relações. Quando alguma decisão couber à criança, que seja dentro de alternativas já limitadas pelos pais com base na sua segurança, bem estar e integridade física.

*Artigo escrito por Magda Bacellar, coordenadora do Ensino Integral do Sion Batel. A profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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