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Educação e Mídia

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Como a iniciação científica transforma estudantes em agentes de mudança.

Iniciação Científica: da escola para a Indústria

(Foto: FreePik)

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A educação científica é um pilar essencial na formação de indivíduos preparados para enfrentar os complexos desafios do século XXI, desenvolvendo competências indispensáveis para o mercado de trabalho e valorizadas pela indústria, como pensamento crítico, criatividade e habilidades de resolução de problemas. A ciência, fundamentada em métodos de observação, experimentação e análise, estimula os estudantes a questionarem o mundo e a buscarem soluções embasadas em evidências – qualidades fundamentais em uma sociedade de transformações tecnológicas e sociais aceleradas. 

Dessa forma, a Iniciação Científica na Educação Básica contribui como parte do processo educativo fundamental que busca introduzir os estudantes ao método científico e à prática da pesquisa, promovendo a construção de conhecimento. A partir de sua implementação em sala de aula e com foco no desenvolvimento de soluções inovadoras para a indústria e com responsabilidade social, essa iniciativa estimula a criatividade e a capacidade de resolver problemas reais. Além disso, a Iniciação Científica permite o aprimoramento de habilidades como pensamento crítico, inovação e comunicação científica, contribuindo para uma formação integral dos estudantes. 

A Iniciação Científica no Colégio SESI Paraná 

A ciência se destaca, assim, como um componente essencial no processo de ensino-aprendizagem, integrando-se de maneira estratégica à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como competência geral para as três etapas da educação básica. Para o caso da Rede Sesi, a prática científica é incentivada na escola, sendo materializada em projetos de iniciação científica com ênfase na abordagem STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) e voltadas para as demandas da indústria, desenvolvidos em parceria entre estudantes e professores em 35 unidades do Colégio SESI espalhadas pelo Paraná. Tais projetos têm recebido destaque em feiras e mostras científicas de nível nacional e internacional, validando o compromisso da instituição com uma educação de ponta para preparar os estudantes para lidar com as complexidades da realidade sociocultural e do ambiente de trabalho. 

O objetivo da iniciação científica nas escolas é empoderar o aluno como agente de transformação, apto a conduzir sua aprendizagem por meio da pesquisa. Além disso, tem como mudar a ideia de que iniciação científica só ocorre nos cursos de graduação. 

Em outubro deste ano, o Colégio SESI Paraná realizou a I Mostra de Iniciação Científica, reunindo cerca de 150 estudantes e exibindo 60 projetos em áreas como Ciências Humanas e Sociais, Ciências da Natureza, Engenharias e Empreendedorismo. A mostra reconheceu projetos de destaque de cada etapa de ensino (educação infantil, ensino fundamental e médio), além das melhores produções em cada área do conhecimento. Os três projetos com maior pontuação receberam credenciais para renomadas feiras científicas: o primeiro colocado foi inscrito na FEBRACE, na USP em 2025, e os segundo e terceiro colocados participarão da FENIC em 2024, na Bahia. 

A equipe ECOPLASF, do Colégio SESI Boqueirão em Curitiba/PR, destacou-se na mostra científica com um projeto inovador em engenharia, idealizado pelas estudantes Laura de Paula Rosa, Maria Cecília Winder de Oliveira e Vitória Simão Vernizi, sob a orientação da professora Amanda de Souza Maloste. A proposta do grupo consiste em reaproveitar resíduos não sustentáveis, como vidro, poliestireno e poliestileno, para pavimentação de ruas, cobrindo buracos e criando pavers ecológicos. Com essa solução, o projeto busca não apenas minimizar o impacto ambiental desses materiais, mas também contribuir para uma infraestrutura urbana mais sustentável e econômica.

Assim, ao se envolverem em projetos de pesquisa e focados nas propostas inovadoras para a indústria, os jovens estudantes desenvolvem competências que ampliam sua compreensão do mundo e os preparam para enfrentar os desafios contemporâneos. Iniciativas como a da equipe ECOPLASF mostram que o conhecimento, além de ser aplicado, também pode ser um exercício de cidadania, em que os estudantes se tornam agentes de mudança ao propor soluções para as necessidades reais da sociedade. Esses projetos revelam o potencial transformador da educação quando alinhada aos valores da indústria, não apenas preparando os estudantes para o mercado de trabalho atual, mas também capacitando-os para se tornarem líderes inovadores nas indústrias do futuro, contribuindo para um desenvolvimento econômico sustentável e responsável. 

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