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Ligue o telefone e atenda essa chamada
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Divulgação
Celular: cadê o sinal?

O uso de aparelhos celulares é proibido na maioria das instituições de ensino. Muitos professores ficam imensamente irritados – e com razão – quando, no ponto alto de uma explicação ou em meio a uma prova, um aparelho celular toca. A cena descrita acima se repete em muitos lugares e é cada vez cada vez mais frequente.

Afinal, o uso dos celulares se popularizou com grande rapidez. Graças aos avanços tecnológicos e a baixa no custo, o que antes era artigo de luxo virou item essencial na vida das pessoas, independente de idade, sexo ou classe social. Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apontam que no Brasil existam 250,8 milhões de celulares – mais de um aparelho por habitante. Muitos deles estão nas mãos de alunos e alunas, seja da Educação Infantil ao Ensino Fundamental.

Atualmente, a maioria dos aparelhos celulares grava vídeo (alguns em alta resolução), fotografa, acessa a internet, conecta diretamente às redes sociais, grava áudio, envia SMS, possuí cronometro, relógio, lanterna, calculadora, dicionários, conversor de moedas, tradutor, GPS e mapas, calendário, rádio, TV, agenda de contatos, sistema de pesquisa por voz, entre outros inúmeros recursos.

Só por esses exemplos percebemos as infinitas possibilidades desse pequeno aparelho no processo de ensino-aprendizagem. Que tal uma entrevista sobre determinado assunto da disciplina de História? Fotos que comprovem uma problemática social comum no bairro, e que está sendo discutido em Sociologia? Escrever uma mensagem na linguagem culta e enviá-la á alguém ou até mesmo para a professora de Português? Fazer um curta de ficção para a disciplina de Artes? Ou mesmo calcular a distância e tempo para se chegar a certo local em Matemática a partir do GPS?

E que tal aliar o conteúdo da sua disciplina às possibilidades do aparelho celular? Obviamente nem todos os alunos têm um aparelho de última geração. Não raro, boa parte terá – alguns com configuração melhor que o seu, aposto. O ideal é propor atividades coletivas ou em grupos. Conhecer as configurações também é importante, mas não limitador.
Algumas iniciativas vêm colhendo bons frutos. Festivais e Mostras com vídeos feitos por celular já acontecem país a fora. Mas há ainda muitas oportunidades a serem exploradas, principalmente no ambiente escolar. Professor, não tenha medo de inovar. Uma atividade com o celular estimula o protagonismo do aluno, melhora a autoestima e democratiza a produção da mídia.

Da próxima vez que um telefone celular tocar em meio a aula, pense bem antes de chamar a atenção do aluno. Talvez seja uma chamada propondo uma nova metodologia, um lembrete de que os alunos estão conectados ou uma mensagem perguntando: prof. q tal i9var?

>> Flávio Freitas é jornalista e educomunicador. Trabalhou por três anos em projetos de educomunicação com crianças e adolescentes. Atualmente atua em projetos educacionais que atuam com mídia e educação no Instituto GRPCOM.

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