• Carregando...
Valterci Santos/ Gazeta do Povo

Valterci Santos/ Gazeta do Povo

A grande obrigação de quem estuda é proteger as pessoas que não tiveram essa oportunidade. Elas precisam saber bem, pois caso contrário, saberão mal as coisas que deveriam ser sabidas.

Inicio esse texto revelando a mensagem central dele, portanto dessa forma iremos a outro nível no pensamento, abandonamos a fase do flerte e vamos direto ao assunto, o que quer dizer isso?

Não é de hoje, portanto, muito menos de agora, que a ideia é que a tecnologia veio para revolucionar a maneira com que as pessoas se relacionam. E seguindo essa esteira, que a tecnologia tem enorme potencial transformador na educação.

Entretanto, vamos devagar nisso. É fundamental buscar o entendimento do que é educação e qual o seu papel. Bem que poderíamos citar inúmeras correntes filosóficas e seus notáveis defensores agora. Mas, não. Ficaríamos imersos em pontos e contrapontos e a ideia não fluiria.

Então o que significa a provocação inicial?

Não é uma provocação. É um mantra que todo professor deveria recitar repetidamente a todo instante.

Acredito, dentro do meu entendimento, que o papel de quem estuda, em todos os níveis, seja professor ou o estudante propriamente dito, deveria ser de proteger quem não teve essa oportunidade. Quando digo proteger, envolvo além dos elementos externos o próprio sujeito de si mesmo.

O sujeito que não sabe e que se mantém na ignorância, não necessariamente carrega sozinho essa culpa, ou característica. Vivemos em uma sociedade que permite e até perpetua essa situação, e que por vezes até estimula essa inércia.

A fragilidade de ideias e atitudes de uma pessoa sem estudo é muito grande e fica exposta nas conversas, nas redes sociais, no trabalho, enfim, na vida. Isso, de repente, prejudica a si e atinge a sociedade de modo geral.

Assistimos atônitos diversas manifestações nas redes sociais, lemos diariamente métricas de opiniões recheadas de ódio, preconceito, sem o mínimo discernimento.

Todavia, confesso como professor que não consigo passar ao largo, quando leio ou escuto algo absurdo, quase surto (fazer o quê?). Enfrento a discussão, mesmo sabendo da possibilidade de não mudar o ponto de vista de meu interlocutor, busco argumentar incessantemente.

E por que fazer isso? Pelo simples fato que não conseguir ficar calado frente ao absurdo, ao intragável, pelo simples fato de não deixar impune, sem oposição, as ideias frouxas.

Enfim, a grande obrigação de quem estuda é proteger as pessoas que não tiveram essa oportunidade das manipulações e das más intenções. Elas precisam saber bem, pois caso contrário, saberão mal as coisas que deveriam ser sabidas e ainda perpetuarão o tão prejudicial senso comum.

*Artigo escrito por Guilherme Lemermeier Rodrigues, Licenciado em Matemática, Especialista em Ensino de Matemática, Mestre em Educação. Professor do Ciclo Básico de Engenharia da Universidade Positivo, associada ao Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR). O SINEPE é colaborador voluntário do Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.  

 **Quer saber mais sobre cidadania, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Acompanhe o Instituto GRPCOM também no Facebook: InstitutoGrpcom, Twitter: @InstitutoGRPCOM e Instagram: instagram.com/institutogrpcom

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]