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O uso de dispositivos de comunicação com base em tecnologia digital, ‘mídias digitais’, como computadores, notebooks, celulares, entre outros, facilitam o registro, a busca, a troca e a divulgação de dados e informações. A aplicação destes recursos encontra-se disseminada em todos os setores, tempos e espaços da sociedade na atualidade: na indústria, no comércio, na prestação de serviços, até mesmo nos ambientes escolares, familiares e espaços diversos como praças, parques, praias e montanhas. Tal mobilidade foi potencializada com o aperfeiçoamento dos dispositivos móveis, a qual permite que o usuário destas tecnologias tenha possibilidade de acesso a recursos de comunicação, onde quer que esteja, em todo o tempo.

São numerosos os tipos de aplicação que se pode ter dos recursos tecnológicos disponíveis: simular visitas a museus do outro lado do planeta, passear por uma praia longínqua, e até mesmo fazer procedimentos cirúrgicos a longa distância com a aplicação real de dispositivos de alta complexidade na área da medicina. São evidentes os benefícios produzidos pelo uso das mídias digitais, os quais poderiam compor uma lista enorme de exemplos.

Mas, há de se ponderar, que o uso das tecnologias de informação e comunicação não traz apenas benefícios para a criança, o adolescente, o jovem, o adulto e para o idoso, infelizmente. Riscos e danos podem ser produzidos para a saúde e integridade física (sedentarismo, …) e psíquica (dependência tecnológica, …), para o processo de aprendizagem (déficit de atenção, …), para as relações familiares e para a segurança individual e social (ciberbullying, …), efeitos que podem ser produzidos e/ou potencializados pelo uso desmedido, incoerente e tolo destas tecnologias.

Destacamos um dos prejuízos mais evidentes do uso contraditório das tecnologias na sociedade, o isolamento. Ao mesmo tempo em que o uso das mídias digitais pode aproximar as pessoas, pode distanciá-las, severamente. Principalmente, quando não há equilíbrio do tempo de uso das tecnologias em relação a outras atividades humanas que também podem contribuir para o desenvolvimento e bem-estar humano, como a leitura calma e linear de mídias impressas, o toque de um instrumento musical, o passear ao ar livre, o brincar com o animal de estimação, o cozinhar em família, ou simplesmente, conversar ‘olho no olho’ com familiares e amigos, cenas que são cada vez mais raras na atualidade, mas que podem ser resgatadas, para a aquisição da almejada sabedoria de se bem viver.

O tempo e o momento destinados para o uso das tecnologias, em detrimento a outras atividades diariamente, estão fora do controle de muitos. Por isso, é emergente estabelecer mecanismos que possam conduzir à reflexão para a sábia aplicação das tecnologias e, principalmente, ao resgate das relações humanas, das relações familiares, das relações de amizade, às quais podem, evidentemente, ocorrer por meio de dispositivos digitais, mas não de forma preponderante no dia a dia, a cada instante. Nada substitui um abraço caloroso de um familiar e/ou amigo, e uma boa conversa em família e entre amigos, sem quaisquer interferências tecnológicas.

É hora de pensar e refletir sobre ‘como’ tornar complacente e sábio o uso das mídias digitais, a favor do bem estar humano e social, como contribuição ao alcance de um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS-3) das Nações Unidas: “Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”!

*Artigo escrito por Cineiva Tono. Doutora em Tecnologia (UTFPR), Mestre em Educação (UFPR), Presidente do Instituto Tecnologia e Dignidade Humana, Membro da Comissão da Criança e do Adolescente – OAB/PR e do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade (PNUD Brasil). A profissional colabora voluntariamente com o Instituto GRPCOM no blog Educação e Mídia.

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