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Não adianta correr sem ter se preparado. (fonte: Gazeta do Povo)
Não adianta correr sem ter se preparado. (fonte: Gazeta do Povo)| Foto:
Não adianta correr sem ter se preparado. (fonte: Gazeta do Povo)

Não adianta correr sem ter se preparado. (fonte: Gazeta do Povo)

“Outubro ou nada”, diz um colega professor. As principais universidades da cidade e do estado realizam provas seletivas ao longo do mês de outubro e a UFPR na primeira semana de novembro. Depois de um ano opressivo, é hora de marcar xis e escrever textos conforme tecnicamente treinados pelos seus instrutores, ou seja, os professores de cursinho, eu, entre eles.

Depois de 30 anos nessa praia, uma constatação: todo treinamento só surte efeito se o aluno tem uma infraestrutura forte. Isto é, se ele sabe ler e pensar. Daí a pergunta que me acompanha desde sempre: o cursinho que aprova mais forma os melhores alunos ou os melhores alunos é que tornam o cursinho o que aprova mais?

Creio que a despeito das críticas contundentes aos vestibulares e aos cursinhos, a questão continua sendo a mesma: boa formação é o que garante aprovação. No cursinho fazemos arremates, disciplinamos para o estudo diário, organizamos conteúdos e realizamos revisões periódicas. Ou seja, como em uma academia, disponibilizamos aos alunos as condições para que eles façam o que poderiam fazer sozinhos, se tivessem força de vontade e disposição: estudar de maneira correta e constantemente.

É muito comum os alunos aprovados agradecerem aos professores, dizendo: “Passei por sua causa”?  É lisonjeiro mas absolutamente irreal. O aluno passa por causa dele, por ter aceitado as regras do jogo e cumprido sua parte à risca. O resultado é a consequência desse esforço. Nós oferecemos as condições para esse exercício.

Nesse mês rigoroso, um obstáculo perigoso para estes candidatos é a pressão dos pais. Pais muitas vezes atrapalham, prejudicam, contaminam o clima de calma e concentração necessários para esse momento. Certa vez publiquei um vídeo no facebook, https://www.facebook.com/photo.php?v=506876499391156&set=vb.161559124004002&type=2&theater,  fazendo a distinção entre aprovação e apoio. Recomendo aos pais que não sabem o que fazer nessa hora.

Quanto aos alunos, a maratona exige uma condição fundamental: não pensar no fim  antes do tempo. Alunos e alunas projetam tanto seu sucesso quanto seu fracasso antes de as provas ocorrerem. Sucesso ou fracasso são consequências de atos e atos são o resultado de preparo e circunstâncias. Por isso, esmere seus atos e proteja-se ( o possível) das circunstâncias. O resto é o resto. O que é arrependimento é o que não fizemos, o que não sonhamos fazer. Se fizermos, da melhor maneira possível, está feito. Depois, é lamber as feridas ou correr para o abraço.

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