“Ainda Estou Aqui” vira munição da esquerda para tentar enterrar o PL da Anistia. O programa Entrelinhas desta quarta-feira (5) repercute a maneira como a esquerda tem se utilizado do filme "Ainda Estou Aqui", para enterrar de vez o Projeto de Lei que pretende anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Falaremos, também, sobre o afastamento entre governo federal e a bancada evangélica no Congresso após a eleição do novo presidente do colegiado. A derrota do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) para o também deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP) na eleição que definiu o presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE) do Congresso Nacional se soma a mais uma tentativa frustrada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de se aproximar do eleitorado evangélico.
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“Ainda Estou Aqui” vira munição da esquerda para tentar enterrar o PL da Anistia
O filme Ainda Estou Aqui ganhou destaque por suas três indicações ao Oscar, premiação que será entregue no dia 2 de março. A história, como se sabe, trata da família de Rubens Paiva, ex-deputado federal pelo PTB, morto durante a ditadura militar, e mostra como a esposa de Rubens, Eunice Paiva, teve de lidar com aquele período junto de seus cinco filhos. Apesar de sua produção não trazer um viés ideológico explícito, Ainda Estou Aqui fala sobre uma tragédia familiar em que o Estado, por meio do governo militar, agiu sob o pretexto de proteger a nação da ameaça comunista, considerando o cenário mundial da Guerra Fria.
Com isso, Ainda Estou Aqui fez reabrir a discussão sobre a responsabilização dos oficiais e demais militares que comandavam e realizavam torturas e mortes durante o regime militar. O STF, pela relatoria do ministro Alexandre de Moraes, tenta agora retomar o debate sobre o andamento do processo penal acerca do homicídio de Rubens Paiva, paralisado pelo STJ em razão da aplicação da Lei da Anistia (Lei 6.683/1979). Moraes afirma que a lei levou à “impunidade para agentes públicos que praticaram atos de extrema gravidade contra a vida e a liberdade”.
Derrota de aliado frustra planos de Lula com evangélicos
Desde que começou o terceiro mandato, o petista procurou parlamentares do segmento para angariar apoio junto ao eleitorado evangélico, que em sua maioria apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Dos 178 parlamentares que votaram na eleição, Nascimento recebeu 117 votos contra 61 para Otoni. O pleito marcou uma mudança na escolha de seu líder por parte da bancada evangélica, que realizava a escolha de seus presidentes por meio de revezamento de congressistas. Na última eleição da FPE, houve um revezamento do cargo entre os deputados Eli Borges (PL-TO) e Silas Câmara (Republicanos-AM)
Com relação a Otoni, o candidato derrotado na eleição para o colegiado, desde que entrou em atrito com Bolsonaro nas eleições municipais do Rio de Janeiro, o parlamentar do MDB realizou diversos movimentos para agradar ao Palácio do Planalto e receber o apoio dos governistas na disputa pela bancada. Em outubro do ano passado, o deputado chegou a orar por Lula durante sanção da lei que criava o Dia da Música Gospel, comemorado em 9 de junho.
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O programa Entrelinhas traz a melhor cobertura do noticiário, abordando os temas mais urgentes, com apresentação de Mariana Braga e comentários de Guilherme Oliveira. O programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 10h30, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.





