Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Entrelinhas

Entrelinhas

Entrevistas exclusivas com protagonistas da política brasileira. Debates profundos sobre os principais assuntos da atualidade.

Programa Entrelinhas

Assessor de Trump classifica Moraes como “ameaça à democracia”

O assessor próximo de Donald Trump, Jason Miller, classificou o ministro Alexandre de Moraes (STF) como "a maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental", após comentários do ministro sobre sua atuação no STF em uma entrevista à New Yorker. Moraes, em tom descontraído, brincou sobre ser acusado de perseguição, até mencionando a possibilidade de ser "acusado de perseguir Trump". A entrevista também abordou sua postura sobre a política nacional e internacional, destacando a postura crítica contra a extrema-direita. Além disso, a reportagem revelou a indicação de Moraes ao STF por Michel Temer, por questões pessoais. O assessor de Trump, que já foi detido no Brasil por ordem de Moraes em 2021, comparou o ministro a um vilão de James Bond, criticando a concentração de poder no STF.

Osmar Terra rompe com MDB, mira 2026 e analisa saúde de Bolsonaro

O deputado federal Osmar Terra, fala hoje no programa Entrelinhas sobre seus planos políticos para 2026, após anunciar a saída do MDB e o caminho rumo ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com uma trajetória de mais de 40 anos na política, Terra explica os motivos que o levaram a deixar o MDB e comenta os bastidores da sua possível candidatura nas próximas eleições. E como médico, o parlamentar também fará uma análise sobre o estado de saúde de Jair Bolsonaro, tema que vem gerando preocupação e especulações.

Bolsonaro se recupera após 12h de cirurgia

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) encontra-se clinicamente estável e se recupera após enfrentar 12h de uma cirurgia abdominal — caso mais grave desde o atentado a faca sofrido em 2018. O procedimento, realizado neste domingo (13), no Hospital DF Star, em Brasília, teve como objetivo remover uma obstrução intestinal causada por múltiplas aderências — sequelas de operações anteriores.

A nova crise de saúde começou na sexta-feira (11), quando Bolsonaro sentiu fortes dores abdominais enquanto estava no Rio Grande do Norte. Ele foi inicialmente atendido no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz, e depois transferido para o Hospital Rio Grande, em Natal. No sábado (12), seguiu para Brasília em uma UTI aérea.

Michelle Bolsonaro, que acompanhou de perto todo o processo, afirmou nas redes sociais que a cirurgia foi concluída com sucesso e destacou a gravidade do quadro. A escolha de levá-lo à capital federal, contrariando a sugestão de aliados que preferiam hospitais em São Paulo, foi tomada por ela. Segundo Michelle, as únicas fontes oficiais de informação sobre a saúde do ex-presidente são seus perfis, os da família e o do Partido Liberal (PL).

Esta foi a quinta cirurgia abdominal de Bolsonaro desde o atentado em Juiz de Fora (MG) e, conforme ele mesmo declarou, a mais delicada desde então. Até o momento, não há previsão de alta hospitalar.

Rosangela Moro questiona AGU sobre poder informal dado à Janja

A deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP) protocolou um requerimento solicitando explicações da Advocacia-Geral da União (AGU) sobre uma orientação normativa que trata da atuação do cônjuge de presidentes da República. Para a parlamentar, o documento representa uma tentativa inaceitável de criar uma "autoridade pública paralela", sem cargo, eleição ou qualquer tipo de controle institucional.

STF reage a PL da anistia e cobra articulação do governo contra projeto que pode beneficiar Bolsonaro

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fizeram um alerta ao governo Lula sobre o risco da aprovação em regime de urgência do PL 2.858/22, de autoria do ex-deputado Major Vitor Hugo (PL-GO). O projeto propõe anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, e, segundo a coluna de Bela Megale (O Globo), o texto beneficia diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O STF teme que a aprovação da urgência permita que o projeto pule etapas fundamentais, como comissões e colegiados, e vá direto ao plenário. O alarme acendeu após mais de 100 deputados de partidos da base de Lula — como MDB, União Brasil, PP, PSD e Republicanos — assinarem o pedido de urgência. Juntos, esses partidos controlam ministérios importantes no governo.

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), minimizou o impacto, dizendo acreditar que os parlamentares assinaram o pedido sem compreender totalmente o alcance da proposta. O texto, além de livrar os envolvidos nos atos de vandalismo, poderia isentar Bolsonaro e seus aliados de responsabilidade por tentativa de golpe de Estado, em julgamento no STF.

Daniel Noboa vence no Equador, mas esquerda contesta resultado

Daniel Noboa é reeleito presidente do Equador com mais de 55% dos votos válidos. No entanto, a adversária Luisa González, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, não reconheceu o resultado das urnas e alegou, sem apresentar provas, que houve fraude eleitoral. A vitória de Noboa consolida sua liderança diante de uma eleição marcada por forte esquema de segurança e ampla participação popular.

González classificou o país como uma "ditadura" e afirmou que vai pedir a recontagem dos votos e a abertura das urnas. Ela se recusou a aceitar os dados oficiais, mesmo diante da apuração avançada que confirmava a vitória de Noboa com mais de 11 pontos percentuais de vantagem.

Apesar das tensões políticas, o segundo turno transcorreu de forma pacífica, com quase 84% de comparecimento às urnas, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Kataguiri propõe freio a viagens internacionais de autoridades com nova lei

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) protocolou o Projeto de Lei 1.612/2025, propondo mudanças nas regras para viagens internacionais de autoridades dos Três Poderes. O objetivo é aumentar a transparência, evitar abusos e impor controle nos gastos públicos.

A proposta surgiu após diversas críticas a viagens prolongadas e de alto custo feitas por ministros, parlamentares e até pelo presidente Lula. Segundo Kataguiri, "não dá mais para aceitar que autoridades tratem compromissos oficiais como turismo de luxo pago pelo contribuinte".

Pelo texto, autoridades com cargos relevantes, como ministros, juízes, parlamentares, procuradores e defensores públicos, deverão pedir autorização para viagens internacionais que durem mais de 15 dias seguidos ou 30 dias intercalados no ano. Acima desse limite, a autorização precisa ser dada pelo Congresso.

O projeto também torna obrigatória a prestação de contas em até 10 dias após o retorno, com divulgação pública de dados como valores gastos, datas, justificativas e resultados obtidos. Quem não cumprir, terá que devolver os valores em até 48 horas.

Se o tempo total de viagem ultrapassar 60 dias no ano, a autoridade deverá ainda prestar contas pessoalmente ao Senado em audiência pública.

André Janones pode ser preso se descumprir medidas protetivas

A Justiça de Minas Gerais autorizou a prisão do deputado federal André Janones caso ele descumpra medidas protetivas impostas após denúncia de sua ex-companheira, a prefeita de Ituiutaba, Leandra Guedes. Ela o acusa de ameaças, chantagens e de compartilhar uma foto íntima com terceiros. A denúncia foi enquadrada na Lei Maria da Penha como violência doméstica. Janones está proibido de manter contato com a prefeita, aproximar-se dela e divulgar qualquer material que afete sua intimidade.

Inflação alta muda rotina dos brasileiros e recai sobre governo Lula

A inflação acima do teto da meta está forçando os brasileiros a mudarem hábitos de consumo para conseguir fechar as contas no fim do mês. Segundo pesquisa do Datafolha, divulgada nesta segunda-feira (14), 8 em cada 10 pessoas afirmam ter feito cortes no dia a dia por causa da alta dos preços.

Entre as principais mudanças estão: 61% reduziram refeições fora de casa, 58% diminuíram a quantidade de alimentos comprados, 50% trocaram a marca do café por uma mais barata, e 36% cortaram até na compra de remédios. Outros cortes incluem água, luz e gás (50%), pagamento de dívidas (32%) e contas da casa (26%). Cerca de 47% dos entrevistados também afirmam ter buscado uma nova fonte de renda para complementar o orçamento.

O impacto é ainda mais grave entre eleitores de Lula que ganham até 2 salários mínimos: 67% cortaram alimentos, 63% diminuíram refeições fora, e 58% trocaram o café por um mais barato. O Datafolha aponta que 54% dos brasileiros consideram o governo Lula o principal responsável pela alta dos preços, especialmente dos alimentos.

Itens como café e energia elétrica pesaram bastante na inflação: o café subiu 8,14% só em março, segundo o IBGE, e a conta de luz teve alta de 16,8% em fevereiro.

A pesquisa ouviu 3.054 pessoas em 172 municípios entre 1º e 3 de abril, com margem de erro de 2 pontos percentuais.

A partir de agora, o programa passa a ser exibido em novo horário: de segunda a sexta-feira, às 15h, no canal da Gazeta do Povo no YouTube, com a apresentação de Mariana Braga e Frederico Junkler. Na edição de hoje, os comentários são de Desirée Peñalba.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.