Durante depoimento ao STF nesta segunda (19), o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro “concordou” quando foi alertado de que os militares não participariam de qualquer iniciativa para interferir no resultado das eleições de 2022. Segundo o general, Bolsonaro não deu ordens golpistas, nem pressionou os comandantes, apenas apresentou uma minuta de decreto que estava em avaliação e com base em "considerandos" jurídicos.
O ex-comandante também negou veementemente que as reuniões com Bolsonaro tenham sido “golpistas” ou que ele tenha ordenado qualquer tipo de prisão. Para ele, os encontros foram institucionais e dentro da normalidade da relação entre o presidente e os comandantes militares.
“Meu tribunal”: fala de Moraes mostra autoritarismo no STF
Durante audiência no STF no dia 19 de maio de 2025, o ministro Alexandre de Moraes repreendeu de forma ríspida o advogado Eumar Novacki, defensor do ex-ministro Anderson Torres, por insistir em uma pergunta considerada indutora à testemunha, o general Freire Gomes. A sessão integra o processo contra o “núcleo 1” da suposta tentativa de golpe de Estado, que inclui Jair Bolsonaro e outros sete réus. Moraes afirmou: “Não vou permitir que faça circo no meu tribunal”. A frase gerou críticas nas redes e entre juristas, que viram autoritarismo e personalismo na postura do ministro. Defensores alegam que ele busca manter a ordem. As audiências seguem nas próximas semanas.
STF julga militares por suposto golpe: grupo inclui generais e coronéis
A Primeira Turma do STF iniciou nesta terça-feira (20) o julgamento da denúncia apresentada pela PGR contra 12 militares e um policial federal, acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado. O grupo, chamado de “núcleo 3”, é o último dos quatro investigados no caso. Entre os crimes apontados estão tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa armada e dano ao patrimônio. O relator Alexandre de Moraes abriu a sessão, que pode se estender até quarta-feira (21).
Defesa de Filipe Martins acusa PGR de distorcer depoimentos
A defesa de Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência, questionou no STF a possibilidade de a Procuradoria-Geral da República (PGR) usar depoimentos de testemunhas do chamado “núcleo 1” — que inclui Jair Bolsonaro — contra ele, que pertence ao “núcleo 2”. Os advogados argumentam que isso violaria o direito ao contraditório, chamando a prática de “fatiamento para a defesa e unificação para a acusação”.
Mesmo sem aceitar o pedido da defesa, o ministro Alexandre de Moraes permitiu que os advogados acompanhem as audiências como ouvintes. A defesa, no entanto, afirmou não ter conseguido participar do primeiro dia e criticou a desorganização do processo.
Os advogados ainda apontaram que o depoimento do general Freire Gomes foi distorcido pela PGR: uma fala marcada por incerteza (“possivelmente estava presente”) teria sido transformada artificialmente em certeza na denúncia.
A defesa afirma que Martins rejeita as acusações e foi preso por uma viagem que não realizou, sendo agora réu por uma denúncia “que jamais existiu”.
Em meio a especulações e narrativas, o depoimento do general reforça que não houve adesão das Forças Armadas a qualquer plano golpista, e que Bolsonaro, apesar de cercado por conselhos e sugestões, respeitou a posição constitucional dos militares e não avançou com nenhuma ordem fora da legalidade.
Partido Novo aciona STF por censura à imprensa em audiências sobre 'trama golpista'
O partido Novo entrou com mandado de segurança no STF pedindo a liberação total da imprensa nas audiências sobre a suposta tentativa de golpe, que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro. O STF proibiu gravações de áudio e vídeo dos depoimentos, liberando apenas o acompanhamento presencial, por videoconferência, a jornalistas previamente credenciados.
A medida foi criticada por entidades como a Abraji, que pedem mais transparência. O STF justificou a restrição com base no Código de Processo Penal, alegando que quer garantir a incomunicabilidade entre testemunhas.
Para o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), a decisão fere a liberdade de imprensa e o direito à informação, caracterizando um ato de censura e autoritarismo. O partido afirma que a proibição de registro fere princípios constitucionais e tenta “controlar a narrativa” ao esconder depoimentos de interesse público.
Justiça cobra explicações do governo Lula sobre gastos com viagens de Janja
A Justiça Federal deu 20 dias para que o governo Lula e a primeira-dama Janja expliquem os gastos com suas viagens internacionais. A ação popular foi movida por um vereador do Novo e um advogado, que questionam o uso de dinheiro público nessas viagens.
O juiz negou suspender os gastos de forma imediata, mas pediu explicações antes de tomar decisão. A oposição critica o fato de Janja viajar separadamente da comitiva oficial, como ocorreu em agendas na Rússia e no Japão.
O programa Entrelinhas recebe nesta terça-feira (20), ao vivo, às 15h, no canal da Gazeta do Povo no YouTube, três convidados para discutir temas quentes da política nacional e local. Participam a advogada Carol Sponza, do partido Novo, que fala sobre a ação da legenda contra a censura à imprensa promovida pelo STF; o vice-prefeito de São Paulo, coronel Mello Araújo (PL), que comenta as recentes operações da prefeitura que resultaram no esvaziamento da Cracolândia; e o vereador Guilherme Kilter (Novo), autor de uma ação popular que cobra explicações do governo federal sobre os gastos do gabinete de Janja Lula da Silva, primeira-dama do país. Não perca!




