O ministro Alexandre de Moraes (STF) manteve as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de uso de redes sociais. Apesar de permitir que Bolsonaro conceda entrevistas, Moraes alertou que futuras violações poderão resultar em prisão preventiva. A decisão gerou comentários nas redes sociais por erros gramaticais e uso excessivo de pontuação no despacho.
Temer critica sanções dos EUA, mas poupa STF
O ex-presidente Michel Temer classificou como “lamentáveis, injustificáveis e inadmissíveis” as sanções impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, que envolvem tarifas de 50% sobre produtos nacionais e a revogação dos vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal. Apesar de ter sido o responsável por indicar Alexandre de Moraes ao STF, Temer evitou criticar diretamente a Corte e apelou por uma solução diplomática, defendendo o diálogo entre Estados soberanos.
A crise, no entanto, é vista pela direita como resultado direto da atuação política e ideológica do próprio STF e do governo Lula, que têm aprofundado alianças com regimes autoritários do BRICS e até sugerido a criação de uma moeda alternativa ao dólar. Para críticos, essa guinada geopolítica somada à crescente judicialização da política interna — liderada por ministros como Moraes — provocou a retaliação dos EUA e expôs o Brasil a sanções graves.
Nesse cenário, as medidas adotadas por Washington são interpretadas como um recado direto à ruptura institucional em curso no país. Para analistas de perfil conservador, o Brasil está pagando o preço de um Judiciário que ultrapassa seus limites constitucionais, persegue adversários e compromete a soberania nacional diante do cenário internacional.
"The Fake Judge" expõe Moraes em estreia mundial
O jornalista português Sérgio Tavares dirige o documentário crítico "The Fake Judge: The Story of a Nation in the Hands of a Psychopath", que tem estreia mundial marcada para 6 de agosto. O filme atravessa dez países — como Brasil, Portugal, Estados Unidos e Argentina — e reúne depoimentos de figuras como Jair Bolsonaro, Nikolas Ferreira, Bia Kicis, Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio, Silas Malafaia e outros, além de exilados dos atos de 8 de janeiro, todos impactados pela atuação do ministro Alexandre de Moraes.
Com duração prevista entre 90 e 105 minutos, a produção pretende desmontar o que chamam de “ditadura judicial” instaurada por Moraes, retratando-o como figura central de uma escalada autoritária no Brasil. O trailer já está disponível, e o filme seguirá um roteiro de lançamento presencial em Portugal e nos EUA antes de ser disponibilizado gratuitamente no YouTube, com legendas em múltiplos idiomas.
A proposta é dar visibilidade internacional ao debate sobre liberdade de expressão e abuso de poder judicial no país. Tavares afirma que a obra poderá influenciar a percepção global sobre a atuação do STF e até mesmo respaldar eventuais sanções políticas externas contra ministros como Moraes. O jornalista conta no Sem Rodeios sobre a produção do longa.
Não perca o Sem Rodeios nesta quinta-feira (24), às 13h30, no canal do YouTube da Gazeta do Povo.



