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Entrelinhas

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Entrevistas exclusivas com protagonistas da política brasileira. Debates profundos sobre os principais assuntos da atualidade.

Programa Entrelinhas

O STF tem atuado para impedir o avanço de propostas de anistia

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem atuado para impedir o avanço de propostas de anistia a envolvidos nos atos do 8 de janeiro. À frente das movimentações está o ministro Alexandre de Moraes, que tem articulado com diferentes setores políticos para frear a tramitação de projetos nesse sentido no Congresso Nacional.

Embora a ideia de anistia tenha sido levantada por parlamentares da oposição, setores do governo, incluindo o PT, têm se posicionado contra a medida. Mesmo assim, a atuação do STF visa conter qualquer possibilidade de que a proposta ganhe força no Legislativo, em meio a pressões de grupos conservadores e manifestações populares em defesa dos réus já condenados.

Nos bastidores, Moraes tem participado de encontros com representantes dos Três Poderes, além de manter diálogo constante com líderes partidários. As movimentações são vistas como parte de uma estratégia para reforçar o apoio institucional ao STF e consolidar a rejeição à anistia, considerada por ministros como um risco à integridade das decisões já tomadas pela Corte.

A atuação do Supremo tem gerado debates sobre os limites da interferência do Judiciário em pautas do Legislativo. Embora a Constituição proíba magistrados de exercerem atividades político-partidárias, a crescente influência do STF sobre o debate em torno da anistia levanta questionamentos sobre o papel da Corte no equilíbrio entre os Poderes. Saiba mais no programa Entrelinhas.

PT reage e chama projeto de anistia a Bolsonaro de aberração constitucional

O Partido dos Trabalhadores (PT) criticou o requerimento de urgência para o Projeto de Lei da Anistia (PL 2858/22), protocolado pela oposição com 262 assinaturas. Em nota, a sigla classificou o texto como uma "aberração constitucional" e um ataque direto à democracia, afirmando que ele foi criado para “livrar Bolsonaro e seu entorno golpista da cadeia”.

Segundo o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, o pedido de urgência é apenas mais um entre milhares que aguardam análise, e destacou que o presidente da Câmara, Hugo Motta, só tem pautado projetos com consenso entre os líderes — o que, para o partido, torna improvável o avanço da proposta.

Governo pressiona base aliada para barrar urgência da anistia

O governo Lula iniciou uma operação para pressionar deputados da base que assinaram o pedido de urgência da proposta de anistia aos presos do 8 de janeiro. A oposição, liderada por Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), antecipou o protocolo do requerimento com 262 assinaturas e divulgou os nomes para evitar recuos. Pelo menos 146 deputados signatários pertencem a partidos que ocupam ministérios e podem sofrer retaliações, como atraso nas emendas e revisão de cargos. O governo tenta reverter as assinaturas, enquanto o presidente da Câmara, Hugo Motta, decidirá se pauta ou não a matéria. A urgência permite que o projeto seja votado diretamente no plenário, sem passar por comissões.

Maioria vê governo Lula como pior que o de Bolsonaro, aponta pesquisa

Pesquisa do Instituto Opinião revela que 41,5% dos brasileiros consideram o governo Lula pior que o de Bolsonaro, enquanto 35,7% o avaliam como melhor. A desaprovação do presidente atinge 53,6%, e sua imagem é vista como negativa por 47,9%. Em eventual segundo turno, Lula e Bolsonaro aparecem tecnicamente empatados: 44,6% contra 41,2%. O levantamento ouviu 2.000 pessoas entre 9 e 11 de abril.

Governo Lula é suspeito de usar publicidade bilionária para maquiar dados

A nova campanha publicitária do governo Lula, orçada em R$ 3,5 bilhões, virou alvo da oposição, que acusa o Planalto de manipular dados e omitir informações para melhorar artificialmente a imagem do presidente. Segundo o senador Rogério Marinho (PL-RN), a propaganda tem caráter eleitoral antecipado e esconde a realidade do país. Ele acionou a PGR, o TCU e a AGU pedindo investigação sobre possíveis irregularidades. A Secom ainda não respondeu às críticas.

Armínio Fraga propõe congelar salário mínimo por 6 anos para conter gastos

O economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, defendeu o congelamento do salário mínimo por seis anos como medida para conter o avanço das despesas da Previdência e equilibrar as contas públicas. Durante a Brazil Conference, ele alertou que o envelhecimento da população, somado às regras atuais, compromete o equilíbrio fiscal do país.

Fraga criticou também os altos gastos com servidores, os subsídios fiscais (que saltaram de 3% para 7% do PIB), o modelo atual de endividamento e a baixa taxa de investimento público. Segundo ele, o novo arcabouço fiscal é insuficiente, e o país precisa de uma ampla reforma na estrutura do Estado. Apesar do foco econômico, ele também citou desafios como crime organizado, desigualdade e educação.

Governadores da direita se articulam para 2026

Com uma possível inelegibilidade de Jair Bolsonaro, quatro governadores aliados se movimentam como nomes à Presidência em 2026: Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ronaldo Caiado (GO) e Ratinho Júnior (PR). A impopularidade de Lula e a ausência de Bolsonaro nas urnas criam espaço para esses nomes, que buscam o apoio do ex-presidente. A decisão final também dependerá da pressão do calendário eleitoral, que exige renúncia dos cargos em abril de 2026. Enquanto isso, o PL ainda pode apostar na ex-primeira-dama Michelle ou nos filhos de Bolsonaro.

De segunda a sexta, às 15h, tem Entrelinhas no ar! Com a apresentação de Mariana Braga e Frederico Junkler, o programa traz uma leitura afiada dos bastidores da política nacional. Hoje, quem comenta os principais movimentos do cenário político é o analista Victor Luchesi.

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