O ex-presidente Jair Bolsonaro intensificou sua participação na reta final da campanha eleitoral, dedicando os últimos dias que antecedem as eleições a apoiar candidatos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Voltando de Vitória, no Espírito Santo, no dia 30, Bolsonaro chegou ao estado paulista, onde visitou três cidades da Via Dutra: São José dos Campos, onde apoia Eduardo Cury (PL-SP), Taubaté, em apoio a Márcia da Silva (PL-SP), e Guaratinguetá, onde endossa Régis Yasumura (PL-SP).
Mesmo com movimentações no interior, Bolsonaro não participará da campanha de Ricardo Nunes (MDB-SP), prefeito da capital, apoiado oficialmente pelo Partido Liberal (PL). A ausência de Bolsonaro na campanha de Nunes chama a atenção, sobretudo após os apelos do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Embora tenha indicado o coronel Mello Araújo (PL) como vice de Nunes, Bolsonaro declarou que o prefeito "não é seu candidato dos sonhos".
Concluída a agenda em São Paulo, Bolsonaro seguirá para o Rio de Janeiro na quarta-feira (2), com visitas a Paraty e Angra dos Reis, onde apoiará Coronel Rodrigues (PL) e Renato Araújo (PL). Na quinta-feira (3) e sexta-feira (4), Bolsonaro pretende realizar um esforço intensivo na capital do estado, onde Eduardo Paes (PSD-RJ) desponta como favorito, deixando Alexandre Ramagem (PL-RJ), seu candidato, em desvantagem. O ex-presidente pretende andar ao lado de Ramagem nas ruas do Rio, buscando reverter o favoritismo de Paes. Simultaneamente, seu filho Carlos Bolsonaro (PL-RJ) disputa a reeleição para o sétimo mandato como vereador.
O contraste entre as campanhas de São Paulo e Rio é evidente: enquanto Nunes está em posição mais favorável, ele precisa de uma adesão firme da direita para assegurar vaga no segundo turno, especialmente com o crescimento de Pablo Marçal (PRTB-SP). A campanha de Nunes enfrenta desafios nesta fase final, especialmente com o fim das inserções de rádio e TV após sexta-feira (4), principal vantagem do emedebista, que possui mais tempo de exposição do que os demais candidatos.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião