Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Entrelinhas

Entrelinhas

Entrevistas exclusivas com protagonistas da política brasileira. Debates profundos sobre os principais assuntos da atualidade.

Programa Entrelinhas

STF dificulta manobra da Câmara para livrar Bolsonaro

Por influência do ministro Alexandre de Moraes e a pedido do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), o STF mudou regra e restringiu a possibilidade de a Câmara dos Deputados suspender a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). A decisão também afeta os outros sete réus do caso, incluindo Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe.

O STF informou que a Câmara só poderá suspender parte das acusações contra Ramagem — os crimes de dano ao patrimônio da União —, mas não os mais graves, como tentativa de golpe e organização criminosa. Essa limitação não estava prevista nos documentos oficiais do julgamento e nem nos votos dos ministros, configurando uma manobra inédita da Corte. O caso difere de decisões anteriores, como a do deputado Chiquinho Brazão, quando o STF autorizou a suspensão integral da ação penal, sem restrições. Agora, deputados da Comissão de Constituição e Justiça discutem usar o argumento de perseguição política para tentar sustar a ação, o que poderia favorecer Bolsonaro e seus aliados. O tema deve voltar à pauta ainda nesta semana.

Crise na base: PDT rompe com governo Lula após saída de Lupi

A demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social provocou uma crise na base governista: a bancada do PDT na Câmara dos Deputados anunciou que deixará de apoiar o governo Lula e adotará uma postura de independência. A decisão foi comunicada pelo líder do partido na Câmara, deputado Mário Heringer (MG), que afirmou que os parlamentares não seguirão mais a orientação do Palácio do Planalto nas votações. A crise pode ter reflexos em 2026, já que o partido também cogita não apoiar a reeleição de Lula. O rompimento do PDT representa mais um desafio para o governo, que já enfrenta dificuldades para manter sua coalizão unida no Congresso Nacional.

Viagem de Lula com Alcolumbre trava CPMI que mira irmão do presidente

O presidente Lula embarcará em viagens internacionais com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, entre os dias 6 e 14 de maio, adiando a instalação da CPMI dos Aposentados, que poderia investigar desvios no INSS e possíveis conexões com o irmão de Lula. A ausência de Alcolumbre, que precisa ler o pedido de instalação da comissão para sua efetivação, beneficia o governo, que tenta barrar a investigação. Alcolumbre tem recebido favores políticos do Planalto, incluindo cargos e viagens. A oposição vê a viagem como manobra para ganhar tempo e desmobilizar o foco na CPMI.

Deputada cobra que governo avise cada aposentado sobre golpe bilionário no INSS

A deputada federal Rosana Valle (PL-SP) pediu que todos os aposentados e pensionistas prejudicados pelas fraudes sindicais no INSS entre 2019 e 2024 — que desviaram R$ 6,3 bilhões — sejam comunicados individualmente pelo governo. Ela cobra que a notificação aconteça por telefone, e-mail, carta registrada ou busca ativa, considerando que muitos beneficiários têm dificuldades com tecnologia e acesso à informação. A parlamentar afirma que o governo federal, e não o cidadão, deve tomar a iniciativa. Além disso, ela sugere a criação de um site para divulgar as medidas adotadas e os valores a serem restituídos. O requerimento foi feito após a operação da PF e CGU revelar os descontos ilegais, que resultaram na saída do ministro Carlos Lupi. Wolney Queiroz e Gilberto Waller assumiram os cargos no Ministério e no INSS, respectivamente.

Novo ministro da Previdência atuou para afrouxar fiscalização de descontos no INSS

Wolney Queiroz (PDT-PE), novo ministro da Previdência Social, foi coautor de uma emenda que, em 2021, adiou a fiscalização anual de mensalidades associativas descontadas de aposentadorias e pensões do INSS. A medida alterou uma proposta do governo Bolsonaro que exigia comprovação anual da autorização dos beneficiários. Wolney substitui Carlos Lupi, afastado após investigação revelar R$ 6,3 bilhões em descontos suspeitos. O adiamento da revalidação permitiu que sindicatos e associações continuassem cobrando valores sem verificação regular, o que só foi revertido em parte após novas mudanças no Congresso.

PF desmantela esquema de fraude de R$ 11,5 milhões no INSS

A Polícia Federal revelou nesta terça-feira (6) um esquema de fraude no INSS envolvendo a criação de "pessoas fictícias" para receber benefícios assistenciais de idosos de baixa renda. A investigação resultou na Operação Egrégora, que ocorreu em Minas Gerais e causou um desvio de R$ 11,5 milhões dos cofres públicos. Foram cumpridos três mandados de prisão e oito de busca e apreensão em Belo Horizonte, Contagem e Betim. O grupo fraudava o INSS criando documentos falsificados como certidões de nascimento, RGs e comprovantes de residência. Dez idosos passaram por 40 pessoas fictícias, com os fraudadores recebendo benefícios indevidos por quase 20 anos. A PF destacou que os responsáveis podem responder por estelionato e associação criminosa, e a operação evitou um prejuízo adicional de R$ 5 milhões.

Esse esquema foi descoberto pouco após a revelação de um outro grande golpe no INSS, que envolvia descontos indevidos em aposentadorias e pensões, estimados em R$ 6 bilhões. Este escândalo levou à demissão do ministro Carlos Lupi e do presidente do INSS, gerando uma crise política.

Acompanhe as principais notícias do cenário político no programa Entrelinha de segunda a sexta, às 15h, no canal do Youtube da Gazeta do Povo e fique por dentro!

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.