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Em entrevista ao programa e à coluna Entrelinhas, o deputado federal Fernando Giacobo (PL-PR), presidente estadual do Partido Liberal no Paraná, revelou detalhes de um acordo político com o governador Ratinho Júnior (PSD), visando às eleições de 2026. Com seis mandatos na Câmara dos Deputados, Giacobo destacou a parceria como "uma construção sólida e baseada na confiança mútua".
“O PL do Paraná tem uma visão muito clara e firme do futuro próximo”, afirmou o parlamentar. Segundo ele, o partido está em sintonia com o Palácio Iguaçu e garantiu: "Temos um acordo firmado com o atual governador, Ratinho Júnior. E acordos devem ser cumpridos".
O pacto entre PL e PSD prevê que o partido do governador indique o candidato ao governo estadual, enquanto o PL lançará o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) à Câmara Alta. “O nosso já definido candidato ao Senado é o nosso competente, um amigo e irmão que eu tenho, que representa muito bem os anseios da população da direita”, declarou Giacobo. Em contrapartida, a segunda vaga ao Senado será apoiada pelo PL, mas indicada por Ratinho.
Crescimento do PL no Paraná
O líder do partido no Paraná celebrou também o crescimento do PL no estado nas últimas eleições municipais. “Passamos de 33 prefeitos para praticamente 57 prefeitos eleitos. De 284 vereadores para 484 vereadores eleitos”. Ele atribui esse crescimento à coesão interna e à articulação política. “É o maior partido do Brasil e, no Paraná, está em plena harmonia".
Apesar do alinhamento com o governador, o deputado deixou claro que o PL não abrirá mão de buscar outros espaços de poder. “Com honestidade e liberdade. Não com faca no pescoço e chantagem”, advertiu.
CPMI do INSS
Além dos planos políticos para 2026, o deputado Fernando Giacobo comentou sobre a agenda legislativa que movimentará o Congresso Nacional nos próximos dias. Ele destacou a expectativa em torno da sessão conjunta do Congresso, marcada para a próxima semana, quando parlamentares devem analisar mais de 60 vetos presidenciais.
“Teremos aí na semana que vem a reunião tão aguardada, essa sessão do Congresso Nacional, em que serão discutidos uma série de vetos, mais de 60 vetos que foram formulados pelo presidente da República”, afirmou Giacobo, que atualmente ocupa o cargo de líder da minoria no Congresso. “Tenho muita responsabilidade por tudo isso que está acontecendo”, disse, ao se referir à mobilização das bancadas em torno da votação.
Entre os temas mais relevantes da pauta, o deputado destacou a expectativa pela leitura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Segundo ele, o colegiado deverá ser instalado para investigar denúncias de fraudes envolvendo recursos dos aposentados e pensionistas. “Há expectativa quanto à instalação da CPMI do INSS. Pretendemos apurar e investigar melhor os fatos envolvendo o roubo do dinheiro dos aposentados e pensionistas”, garantiu.
O deputado acredita que a leitura do requerimento de criação da comissão será feita pelo presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre. “É uma opinião minha, baseada em tudo que eu tenho ouvido e visto, que deve ser lida pelo senador presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, a CPMI do INSS”, completou.
Trabalho na Oposição
Sobre a expectativa pela derrubada de vetos presidenciais, está o que trata da prorrogação de dívidas de agricultores afetados por calamidades. “Esse é muito importante. Estamos bem avançados nesse acordo com o próprio governo", opinou.
Outro tema sensível citado foi a pensão vitalícia para crianças com sequelas do Zika vírus. “O governo vetou isso de uma maneira, eu diria, até irresponsável. Nós temos hoje em torno de 11.500 anjinhos portadores do Zika", descreveu.
Giacobo também defendeu a criação do Cadastro Nacional de Pedófilos, um projeto vetado que, para ele, “dá uma resposta firme à sociedade”. "Transitou em julgado, ela vai para um cadastro de 10 anos, mas há gatilhos que permitem a redução desse tempo, caso haja reabilitação", destacou.
"Taxxad" e "governo perdido"
Na parte final da entrevista, o deputado criticou a condução econômica do governo Lula, em especial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Não é à toa que o ministro tem o codinome de ‘ministro Taxxad’. O governo, num todo, está perdido, completamente perdido.”
O deputado lamentou os embates entre Haddad e parlamentares da oposição. “Ele foi completamente infeliz em bater boca com os nossos deputados. Para fatos não existem argumentos".
Giacobo encerrou reafirmando o compromisso do PL com o futuro do Paraná e do país. “Cabe a nós, congressistas, ficar atentos para combater todas essas discrepâncias. O Brasil está muito mal governado, mas nós não vamos nos omitir.”
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