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Charles Band e os Brinquedos Diabólicos
| Foto:
Divulgação
Os personagens de Demonic Toys.

O produtor, diretor e roteirista Charles Band é uma espécie de Roger Corman do mercado home video. No lugar de se preocupar em trabalhar em grandes produções, ambos preferem investir em pequenos filmes.

Corman assinou a produção de cerca de 400 filmes, segundo o IMDB. Isso inclui narrativas de horror, dramas sobre mulheres na prisão e épicos baratos. Band, por outro lado, usou sua Full Moon Pictures para despejar nada menos do que 200 títulos no mercado, a maioria deles vinculados a monstros, brinquedos assassinos e outros seres demoníacos.

Resolvi conferir algumas dessas produções no último fim de semana. Comecei por Brinquedos Diabólicos (Demonic Toys, 1992), dirigido por Peter Manoogian. A trama acompanha um grupo de pessoas perseguidas por bonecos possuídos pelo demônio de uma criança.

A protagonista, vivida por Tracy Scoggins, é uma policial que participa com o namorado de uma emboscada que não dá certo. Antes de o amado morrer assassinado por um dos bandidos, a moça revela que está grávida. A criança, que ainda não nasceu, se torna o alvo do tinhoso juvenil, que prende todos os envolvidos num galpão que guarda brinquedos.

Reprodução
Cena de Demonic Toys.

A trama não possui nenhum traço de genialidade e diverte pelo humor. Band, que escreveu o roteiro ao lado de David Goyer (que também assinou os textos da trilogia Batman de Christopher Nolan), preza pela simplicidade. Às vezes, até demais. Em várias cenas, os movimentos dos brinquedos endemoniados parecem falsos, exigindo uma descrença ainda maior do público para se envolver na trama.

O caráter de exploração fica evidente na premissa da obra, chupada de O Mestre dos Brinquedos (1989), também produzida por Band e que, por sua vez, tinha forte influência de Brinquedo Assassino (1988). Também é possível ver como a obra apela para o exploitation em seus fetiches, que envolvem nudez, ursos gigantes, frases de efeito (como os bordões da boneca Oopsy Daisy) e palhaços carnívoros.

Depois do primeiro filme, Band usou os personagens de Brinquedos Diabólicos em crossovers com Dollman, o mini pistoleiro da Full Moon Pictures, e com O Mestre dos Brinquedos. Em 2010, o diretor lançou uma sequência direta, acrescentando novos bonecos assassinos.

Veja o trailer abaixo:

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