A gigante Itaipu

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A Itaipu Binacional, localizada na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, é a hidrelétrica que mais gera energia no mundo. Cada uma das 20 unidades geradoras de Itaipu tem 700 megawatts (MW) de potência. Ou seja, a binacional pode gerar até 14 mil MW. Com 18,2 mil MW de potência instalada (equipamentos capazes de gerar energia), Três Gargantas, na China, é a maior usina no mundo. No entanto, gera menos que Itaipu. Basicamente, por dois motivos: o volume de água do Rio Paraná é mais constante que o do Rio Yang Tsé, o maior da Ásia, onde foi construída a hidrelétrica chinesa. A altura da queda d’água em Itaipu também é maior.

Atualmente Itaipu fornece 19% da energia consumida no Brasil e abastece 77% do consumo paraguaio. Em 2008 bateu o recorde mundial de produção de energia, que já era seu, com a geração de 94.684.781 megawatts-hora (MWh).

Os governos brasileiro e paraguaio recebem uma compensação financeira, denominada royalties, pela utilização do potencial hidráulico do Rio Paraná, pela Itaipu. Eles são pagos mensalmente desde que usina começou a comercializar energia, em março de 1985. O repasse de royalties é proporcional à extensão de áreas submersas pelo lago. Desde 1985, a Itaipu pagou ao Brasil mais de US$ 3,74 bilhões em royalties. Barragem A barragem represa a água, o “combustível” da usina, e faz com que haja o desnível de 120 metros (queda bruta nominal) entre a tomada d’água (estrutura de entrada da água, no alto da barragem) e a turbina de uma unidade geradora. A barragem da Itaipu tem 7.919 metros de extensão e altura máxima de 196 metros, o equivalente a um prédio de 65 andares. Consumiu 12,3 milhões de metros cúbicos de concreto.

Curiosidades: o ferro e o aço utilizados permitiriam a construção de 380 Torres Eiffel. Itaipu é referência mundial em estudos de concreto e segurança de barragens. A produção de apenas uma unidade geradora seria suficiente para atender, segundo o atual consumo médio brasileiro de eletricidade, 2,5 milhões de habitantes. Os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul poderiam ser abastecidos, ao mesmo tempo, por menos de 13 unidades.