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Cânion Guartelá. (Foto: Brunno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo)
Cânion Guartelá. (Foto: Brunno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo)| Foto:
Cânion Guartelá. (Foto: Brunno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Cânion Guartelá. (Foto: Brunno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Nossa passagem pela cidade de Tibagi e, principalmente, pelo cânion do Guartelá novamente nos mostrou o quanto a história do Paraná é negligenciada, como já vimos em Fênix no Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo. A redução jesuítica São Miguel foi erguida na região de Tibagi por padres espanhóis em 1610 e formava a chamada República Del Guairá – um conjunto de cidadelas erguidas no atual território do estado com o intuito de catequizar os índios no século XVII.

São Miguel foi construída um pouco antes dos bandeirantes paulistas iniciarem os ataques a esses povoados para capturar índios como escravos e expandir o domínio português sobre o continente recém descoberto. No fim do século XIX, o rio Tibagi virou um Eldorado e muito ouro foi retirado. Mas o principal motivo da extração mineral era o diamante e dali em diante a ocupação do território foi se consolidando como a conhecemos hoje.

Cânion Guartelá. (Foto: Brunno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Cânion Guartelá. (Foto: Brunno Covello / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Parte dessa história está no Museu Histórico Desembargador Edmundo Mercer Junior. Mas não há locais identificados e preservados de onde aconteceu essa rica história do estado. Você já imaginou que bacana conhecer o local onde essa redução existiu e entender como funcionava a cidadela organizada pelos jesuítas? Imagine visitar um antigo local de extração de diamantes e ver como os garimpeiros conseguiam encontrar e retirar pedras preciosas da rocha abaixo da terra… Pense que isso aconteceu ao lado de um cenário fantástico, o cânion do Guartelá. Um vale escavado na rocha pelo rio Iapó ao longo de milhões de anos por cerca de 30 quilômetros e que em alguns pontos chega a ter 450 metros de altura entre o terreno e o curso d`água.

Agora, acorde.  Nada disso existe. A única coisa preservada disso tudo é o cânion, o sexto maior do mundo. Mas, vá por mim. Vale a visita somente pela energia ao se deparar com a vista do mirante do Parque Estadual do Quartelá. E tem outras coisas bacanas para ver, como a vista do cânion do outro lado do parque, o Salto Santa Rosa, o museu, o rafting, etc…

 

PS: O nome do Guartelá viria de uma frase: “Guarda-te-lá que cá bem fico”. Ela teria sido dita por um morador da região ao conversar com um vizinho sobre a possibilidade de um ataque indígena. História estranha, mas curiosa.

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Em 2010, o pessoal do Rotas e Destino, da Gazeta do Povo, fez um vídeo da vista do cânion a partir da área do parque estadual. Dá um confere.

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