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Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE
Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE| Foto:

Algum tempo atrás, passei uns dias em Atlanta com minha esposa. Como bons turistas que somos, resolvemos visitar a sede da Coca-Cola. Em um determinado momento do passeio, fomos levados a uma sala onde há uma réplica do cofre que contém a fórmula do refrigerante mais vendido e conhecido do mundo. Será que a Coca-Cola mantém esse segredo industrial em papel, dentro de um cofre com paredes de aço mais espessas que as da minha casa, porque seus executivos são antiquados e não sabem “mexer no computador”? Óbvio que não. Toda pessoa que conhece um mínimo de segurança de dados sabe que, em nossos dias, nenhum modo de armazenamento digital é completamente seguro. Mesmo as corporações mais poderosas do mundo e as agências de inteligência mais bem preparadas do planeta não conseguem evitar a invasão de hackers altamente especializados, que roubam segredos industriais e governamentais e os vendem na deep web a qualquer criminoso que lhes pague bem.

Enquanto isso, do lado de baixo do Equador, a elite política brasileira defende com todas as suas forças e poder o uso de maquininhas vagabundas – só de olhar para aquelas urnas eletrônicas já dá para perceber que estão muito mais para CCE que para Apple –, fabricadas por gente sem nenhuma reputação no mercado internacional de eletrônicos e informática, compradas aos milhares e enviadas às incontáveis seções eleitorais espalhadas pelo território brasileiro. Gigantes como Google, Equifax, Deloitte e Yahoo, além de diversas agências do governo americano, tiveram suas bases de dados invadidas e roubadas no ano passado, mesmo tendo acesso à mais moderna tecnologia de segurança cibernética disponível. Por sua vez, em sua sabedoria infinita, os togados do STF decidiram que bom mesmo é guardar votos em forma de bits, dentro de sucatas tecnológicas, de maneira que ninguém neste setor da Via Láctea jamais consiga recontá-los.

Sobre o Irã

Há exatamente um mês, Donald Trump retirava os Estados Unidos do acordo costurado por seu antecessor, Barack Obama, com o Irã. “O pior acordo já negociado na história”, como Trump gosta de chamá-lo, cancelou diversas sanções econômicas ao Irã em troca da promessa de que os aiatolás usariam seu programa nuclear apenas para fins pacíficos. O Irã também desativaria diversas centrífugas de enriquecimento de urânio e se desfaria de todo e qualquer material usado na confecção de armamento nuclear que estivesse estocado no país. Assinaram o acordo o próprio Irã, os Estados Unidos, Rússia, França, China e Reino Unido.

Como sempre, previsões apocalípticas seguiram-se à decisão do presidente americano. Com exceção da Fox News e de alguns jornais impressos menos famosos, toda a mídia americana criticou Trump por dar muitos passos para trás e jogar no lixo o esforço de Obama em conseguir o acordo. Menos de um mês depois da saída dos Estados Unidos, o New York Times relatou que “O Irã anunciou que concluiu um novo centro de montagem de centrífugas no complexo nuclear de Natanz, em um primeiro passo para aumentar sua capacidade de enriquecimento”. Ou seja, antes mesmo de completar três anos sob os termos do acordo, o governo iraniano já conseguiu inaugurar uma estrutura que levaria por volta de três anos para ser feita. Ou seja, os aiatolás deram uma banana para todo mundo, e Trump acertou em tirar os Estados Unidos dessa irresponsabilidade potencialmente catastrófica para o planeta. As sanções jamais deveriam ter sido canceladas, pois todo o dinheiro que entrou no país nesse tempo certamente ajudou o governo iraniano a financiar a continuidade de seu programa nuclear com fins nada pacíficos.

Sobre armas

Apesar de toda a gritaria dos democratas contra a Segunda Emenda, dos protestos liderados pelo novo fantochinho da esquerda americana, David Hogg, e de todos os ataques feitos pela grande imprensa à NRA e aos cidadãos americanos legal e responsavelmente armados, não houve queda na venda de armas no mês de maio. Muito pelo contrário, as vendas quebraram novamente o recorde para o mês em toda a série histórica.

Como não há registro de armas nos Estados Unidos, a informação frequentemente usada para se medir as vendas de armas de fogo é a base de dados do FBI, que registra cada pedido de verificação de antecedentes, passo obrigatório na compra de uma arma nova. Por conta disso, é possível inferir que o aumento nas vendas foi ainda maior, pois a lei só requer verificação de antecedentes para cidadãos que não tenham a licença de porte e que, obviamente, já foram devidamente verificados e aprovados. Acontece que são justamente essas pessoas, que já têm a licença para porte, as que compram mais armas, até mesmo pela facilidade de sair da loja com o produto na mão. Nunca se vendeu tanta arma nos Estados Unidos como atualmente, para a tristeza dos tiranos desarmamentistas.

Sobre maiôs

O concurso Miss América deste ano não contará com o desfile das candidatas vestindo maiôs e/ou biquínis. Em vez disso, elas passarão por uma prova “intelectual”. De acordo com Gretchen Carlson, ex-miss e membro da organização do evento deste ano, “Não vamos julgar pela aparência porque estamos interessados em conhecer o que faz da pessoa ela mesma”. A esquerda, o feminismo e o politicamente correto conseguiram, finalmente, acabar com uma tradição de quase 100 anos. O Miss América é, oficialmente, o primeiro concurso de beleza interior do mundo. Boa sorte para quem ainda decidir assistir.

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