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Corrida virtu@l
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Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
“As pessoas se conhecem e acabam marcando provas. O site serve como incentivo para participarem de corridas.” – Henrique Netzka, empresário curitibano, que criou um site sobre a corrida de rua

Navegar por horas nas redes sociais ou em comunidades virtuais parece passatempo para sedentários, mas um grupo cada vez maior de internautas tem usado esses espaços para se dar bem em corridas de rua. Os atletas que trocam informações, dicas e até mesmo combinam treinos e provas com pessoas até então desconhecidas vão ter a oportunidade de se encontrar na Primeira Meia-Maratona de Curitiba, no dia 10 de julho.

A interação virtual já está além de páginas tradicionais de relacionamento e ganhou até mesmo um espaço próprio, como o site “Linha de Chegada” – www.linhadechegada.com.br.

A ferramenta criada há dez meses pelo empresário curitibano Henrique Netzka já tem 2,2 mil cadastrados. A ideia surgiu para aperfeiçoar as comunidades já existentes e propiciar aos usuários além de conversar, compartilhar dados de treinos e produzir agendas de provas. “Pensei em criar uma plataforma específica, para ver tempos e dicas de treinos”, conta Netzka, que também é corredor. A cada semana cerca de 120 pessoas se cadastram na rede.

“As pessoas se conhecem e acabam marcando provas. O site serve como incentivo para participarem de corridas”, afirma Netzka. Além dos atletas, treinadores também utilizam a ferramenta para acompanhar o treinamento dos alunos, analisar os gráficos de desempenho e passar as fichas de novos exercícios.

“É uma ferramenta interessante para a interação. Muitas vezes as pessoas treinam sozinhas e nem sempre podemos monitorar”, explica o técnico da V8 Assessoria, Murilo Klein. Para a Meia-Maratona a assessoria tem acompanhado 40 alunos que vão correr. Muitos deles já usaram o site para combinar treinamentos.

A Meia-Ma­­ratona de Curi­­tiba será a oportunidade do grupo “Corredores de Rua de Curitiba” se reencontrar. Tudo começou há seis anos em uma comunidade do Orkut, que hoje tem 2,7 mil membros, dos quais 130 estão cadastrados no grupo e 60 vão participar da prova. No dia da corrida até mesmo uma tenda estará montada para os amigos que se conheceram na internet poderem se encontrar. “Treinar e correr entre conhecidos é bem melhor”, defende o criador da co­­munidade, o contador Lúcio Milczevski.

No espaço virtual os esportistas trocam sugestões de locais de corrida, equipamentos, indicações de médicos. “O pessoal não gosta de treinar sozinho e foram montando grupos de treino por bairros”, conta.

A designer Josimara Cala­­brese foi uma das primeiras a fazer parte da comunidade e está pronta para correr a Meia-Maratona. “O grupo virou uma família virtual e real. A troca de informações motiva”, comenta ela, que começou a correr por incentivo da comunidade. Entre uma mensagem e outra surgem parcerias, companheirismo e muitas dicas.

O encontro deles e de outros amantes da corrida – e também do mundo virtual – está marcado para o dia 10. Mais do que uma prova, será a chance de rever ou conhecer pessoas que já se comunicaram pela internet. “A gente corre juntos, dá ritmo um para o outro, se incentiva. E no final da prova sempre tem uma comemoração”, planeja Josimara.

Rede social
Twitter também reúne corredores

O Twitter também já virou uma ferramenta de contato entre corredores de rua. Os 140 caracteres utilizados para escrever no microblog foram suficientes para que em dois anos o grupo Twitters Run (@twitersrun) atraísse 1,1 mil cadastrados. “Pelos tweets as pessoas foram se aproximando por afinidade de assunto”, conta um dos líderes do grupo, o jornalista Cássio Politi.

O grupo surgiu durante trocas de mensagens e entre uma dica e outra os twitteiros corredores começaram a se encontrar casualmente em provas e planejar reuniões, que fizeram o número de adeptos crescer e se espalhar pelo Brasil. Em maio de 2010 um site foi criado e nele é postado o calendário de provas pelo país. A fonte das informações continua sendo o twitter dos cadastrados. “A ideia é o site não substituir o twitter, mas sim dar um suporte”, explica.

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