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Mountain Bike supera o papel de passatempo
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Walter Alves/Gazeta do Povo
Rogério Rebinski: pedalada dá ânimo para o dia a dia

Criado em 1950 nos EUA, o mountain bike (estilo de ciclismo realizado em trilhas com obstáculos) era visto por seus criadores apenas como um passatempo. Entretanto, a modalidade, que integra o programa olímpico desde 1996, é vista hoje com seriedade no cenário esportivo, sendo procurada por diversos atletas, seja para competição ou lazer. Pessoas que buscam não só a aventura sobre duas rodas, mas também uma atividade física.

O principal ganho está no sistema cardiorrespiratório, trabalhado de forma intensa. “Há uma melhora muito grande da aptidão cardiopulmonar, que é muito exigida em todos os estilos de prova. Isso significa o desenvolvimento da capacidade respiratória e de circulação sanguínea”, indica o personal trainer Anderson Antoniacomi.

Já o assessor esportivo e ex-ciclista amador Marcos Ta­­vares, o Tomate, ressalta que, assim como a natação e a ginástica rítmica, o esporte é completo, uma vez que exercita de forma conjunta todas as partes do corpo. “Ele trabalha bastante a musculatura inferior [pernas], já que demanda muita força dessa região. A parte superior [tronco e braços] também faz um treinamento intenso, mexendo ombros, cotovelos, costas e pescoço. É um trabalho geral”.

E para quem pensa que mountain bike é um esporte exclusivo de jovens, uma ressalva: a idade interfere, mas não impede sua prática. Pelo contrário, ela pode ajudar. “Tem idades que têm um pico de desempenho maior. Entre 30 e 40 anos, quando a parte aeróbica está mais desenvolvida, ajuda em provas mais longas. Já atletas mais jovens têm mais explosão, o que faz diferença em provas curtas. Dependendo do tipo de prova, um atleta mais experiente pode acabar se destacando sobre um mais jovem”, destaca Antoniacomi.

O operador rodoviário Rogério Rebinski, de 36 anos, foi um que descobriu cedo os ganhos desse esporte. Morador de Antonina, ele pratica mountain bike desde 1989, encarado no começo como hobby. Hoje, 23 anos depois, é um dos principais atletas da modalidade no Paraná, e possui um currículo vasto, com diversos títulos, como o bicampeonato brasileiro e quatro taças do Paranaense. Para ele, tudo resultado do bem-estar proporcionado pelas pedaladas.

“Sinto-me bem, com disposição todos os dias por causa do mountain bike. Mesmo com 36 anos, em cada corrida e treino eu me sinto melhor, mais forte. E isso me deixa mais motivado para todo o dia”, diz.

Escolha seu estilo

O mountain bike possui cinco estilos mais conhecidos. Conheça suas características:

Cross Country

Corridas longas em terreno variado, composto de subidas e descidas. Não exigem muita técnica. Para praticar é preciso uma bicicleta leve e resistência física. As velocidades máximas costumam passar de 50 km/h.

Downhill

Realizado em descidas. Pistas íngremes, curtas, que exigem técnica e nas quais a velocidade pode passar de 80 km/h. São necessários acessórios especiais de proteção e uma bicicleta feita para a modalidade.

Dual Slalom/4X

Dois (ou quatro no 4X) competidores correm em pistas paralelas, quase idênticas, tendo de passar por bandeiras no percurso, obrigando-os a realizar curvas fechadas. São provas de curta duração.

Freeride

Estilo livre, pouco competitivo, sem circuito delimitado, no qual são avaliados o conhecimento técnico do atleta, o grau de dificuldade das manobras e estilo.

Biketrial

Praticado em ambientes urbanos. O competidor passa por obstáculos grandes, como latões de lixo, escadas, bancos, corrimãos, carros, entre outras coisas. Ganha quem encostar menos o pé no chão. As bikes possuem quadros pequenos, aros menores, freios hidráulicos e pneus bem vazios para o competidor poder “quicar” melhor.

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