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Ponto de partida
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A prática de exercícios físicos exige prevenção e cuidados com o corpo. Parece batido. Mas não custa evitar os riscos

Antonio Costa/ Gazeta do Povo
Atleta faz teste de esforço na esteira: exame é indicado para quem quer começar a praticar atividades físicas de forma regular

Uma atividade física adequa­­da ao perfil de cada pessoa pas­­sa por uma avaliação médica bem feita. Mais do que o velho jargão de que o mais difícil é começar, a movimentação regular do corpo, segundo médicos, exige cuidados para evitar surpresas desagradáveis no meio do caminho.

O especialista em medici­na do exercício do esporte, Mar­­celo Leitão, diz que sempre aconselha ter o consultório como ponto de partida antes de arriscar a corrida no parque. “Os exames que devem ser feitos dependem do que o médico avaliar, porque pode pegar jovens, idosos, pessoas sem condicionamento, atletas etc. É uma gama muito grande de possibilidades para que possa estabelecer um mínimo de verificações”, relata.

A diversidade de pacientes é ilustrada pelo médico com o caso de um paciente, habituado a praticar atividades fí­­sicas no exército, mas que tinha uma alteração cardíaca descoberta depois de uma série de exames. “A doença dele é uma das situações que mais levam à morte súbita. Hoje é uma pessoa que pratica atividade baixa ou moderada, até mesmo dentro da profissão dele”, conta Leitão.

O cardiologista Costantino Costantini também aconselha a começar por exames de sangue, para medir gorduras e açúcares, e ergometria, para avaliar a capacidade de esforço. No entanto, dependendo dos antecedentes de cada pessoa, a precaução deve ser ampliada, com a prescrição de ecografia – espécie de ultrassom do coração – e até outros exames mais complexos.

“Se o indivíduo tem na família um histórico de problemas cardíacos, é preciso saber como estão as estruturas do coração, cavidades, espessuras do músculo e a capacidade de bombeamento em exercícios. Não aconselho ninguém a fazer uma atividade intensa sem exame clínico regular”, alerta Costantini.

Outro fator que pode restringir a prática de atividades são os problemas nos ossos e músculos. Segundo o ortopedista José Vicente Pansini, especialista em cirurgia do pé e tornozelo, é importante fazer uma avaliação física, mas, em um primeiro momento, a prioridade deve ser a investigação cardiovascular. “É simples, começa a doer meu pé e eu devo ir ao médico saber o porquê, se é encurtamento de musculatura, problemas de postura, mas esse tipo de problema não leva uma pessoa à morte”, compara.

Quem está na linha de fren­­te e recebe todos os dias pessoas que querem começar a movimentação regular do corpo vê na exigência dos exames uma ferramenta de auxílio ao acompanhamento físico.

“Entendemos que a área médica trabalha junto com a nossa, de orientação dos exercícios nas academias. Nós precisamos incentivar as pessoas a procurarem auxílio nos consultórios e fazer os exames para evitar pro­­­­blemas”, indica a profissional de educação física da Academia Gustavo Borges, Va­­nessa Poletto.

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