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Sem parar
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Para incentivar a prática de exercícios físicos, evento terá 168 horas de corrida e caminhada ininterruptas no Parque Barigui

Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Pedro Marcone, de 59 anos, convenceu a esposa e duas filhas a se juntarem a ele na prova de revezamento

Uma semana, sete dias, 168 horas. Assim, com tanto tempo disponível, fica até difícil encontrar uma desculpa para não praticar exercícios físicos, nem que seja uma hora por semana. Para começar, é claro. Esse é exatamente o conceito do “Revezamento 168 Horas”, que será realizado em Curitiba de 22 a 29 de setembro, no Parque Barigui.

A ideia é simples (e ousada): colocar 168 convidados para correr ou caminhar em esquema de revezamento, em turnos de uma hora cada, totalizando, assim, 24 horas de atividades físicas por dia, sete dias por semana. Sem parar um minutinho sequer.

“O que nós queremos é dar um incentivo e mostrar que não tem hora para fazer exercício quando se tem disposição. É possível usar qualquer uma dessas 168 horas, pode ser às 3 h, 5 h ou 6 h da manhã”, diz o treinador da loja Procorrer, Tadeu Natálio, que organiza o evento. “É impossível não arrumar pelos três horas por semana. As pessoas arrumam para ir ao shopping, fazer compras, comer costela, menos para o exercício”, frisa.

O treinador acrescenta que o objetivo é fazer o maior evento esportivo em duração do mundo, de forma ininterrupta. “Já estamos catalogando no Guinness [Book, livro dos recordes mundiais]. E cada convidado pode levar outras duas pessoas: pode ser sedentário ou quem já treina, só tem que ser maior de 18 anos”, salienta.

O engenheiro Pedro Mar­­condes, 59 anos, foi além: angariou a esposa e duas filhas para a prova. “Só uma das [três] filhas não aderiu. Ainda. Mas daqui a pouco eu convenço, está quase”, diz ele, bem-humorado. Embora não se considere um competidor, Marcondes sempre foi um atleta. Hoje, corre de 40 km a 50 km por semana. A primeira maratona que ele disputou foi em 1985. Ao todo, já participou de 18. “E meias-maratonas eu já até perdi a conta. Mas corrida mesmo eu faço desde os anos 70. Pra mim, é um hábito de vida, procuro correr quase todo dia. No Barigui, eu estou em casa”, completa o engenheiro, que correrá às 7 h do dia 23, responsável, portanto, pela 19.ª das 168 horas da prova.

Já a jornalista Paula Mar­­tins, 36 anos, entrou para o mundo da corrida há menos tempo, cerca de três meses. Antes, ela fazia caminhada e ciclismo, mas ficou “encantada” com os benefícios da modalidade. “A corrida faz uma diferença grande em tão pouco tempo como nenhuma outra prática. Hoje eu tenho mais resistência, fôlego e disposição, até para brincar com meu filho de 4 anos, que está naquela fase impossível”, brinca.

Para as 168 horas, o primeiro evento do tipo que ela participa, a expectativa é grande. “Convoquei minha irmã e a gente vai, nem que chova canivete! Estou super-engajada, acho que nem vou parar, vou fazer as 168 horas sozinha!”

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