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Foto: Nelson Almeida/AFP
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Deixaram vazar trechos do Novo Testamento Ideológico. Divulgo tal como recebi.

Evangelho de Mateus da Auto-Peças, capítulo 26, 36-56:

36. Retirou-se a Ideia com eles para um lugar chamado Sindicato e disse-lhes: “Assentai-vóis tudo aqui, enquanto eu vou ali bebê.”

37. E, tomando consigo Frey Lero e os dois filhos dele mesmo, começou a entristecer-se e a angustiar-se.

38. Disse-lhes, então: “Minha ideia tá triste até o esquecimento. Fica aqui e bebe junto.”

39. Adiantou-se um pouco e, prostrando-se com a face por terra, assim rezou: “Minha Ideia, si dé pra quebrá o galho, completa pra mim este copo! Todavia não se faça o que eu quero, mas sim o que você quiser.”

40. Foi ter, então, com os militantes e os encontrou trocando o domicílio eleitoral. E disse a Janete: “Então não pudestes beber uma hora comigo…”

41. “Bebe e joga truco para que não entreis em tentação de ir para casa. A ideia está pronta, mas a carne é fraca.”

42. Afastou-se pela segunda vez e bebeu, dizendo: “Minha ideia, se não é possível que este copo passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade!”

43. Voltou ainda e os encontrou novamente dormindo, porque as câmeras de televisão estavam desligadas.

44. Deixou-os e foi beber pela terceira vez, dizendo as mesmas palavras.

45. Voltou então para os seus militantes e disse-lhes: “Dorme agora e descansa! Chegou a hora: o Filho da Ideia vai ser entregue nas mãos dos golpistas…”

46. “Levantai-vóis tudo, vamos! Aquele que me traz a cachaça está perto daqui.”

47. A ideia ainda falava no comício, quando veio Creidi, uma dos Doze, e com ela uma multidão de garrafinhas d’água armadas de cachaça, enviada pelos príncipes dos golpistas e pelos anciãos do PSDB.

48. A cachaça combinara com eles este sinal: “Na ideia que sentirem meu cheiro, é nela. Prendei-a!”

49. Creidi aproximou-se imediatamente da Ideia e disse: “Salve, Presidente.” E cheirou-o.

50. Disse-lhe a Ideia: “É, então, para isso que vens aqui?” Em seguida, adiantaram-se militantes e lançaram mão da garrafinha de cachaça para prendê-la.

51. Mas um dos companheiros da Ideia desembainhou outra garrafa e magoou um servo do sumo sacerdote, que quase saiu do papel que cumpria ali.

52. A Ideia, no entanto, lhe disse: “Embainha tua garrafa, porque todos aqueles que usarem da garrafa, pela garrafa morrerão.”

53. “Vai dizê tu que não posso invocar minha Ideia e ela não me enviaria imediatamente mais de 12 caminhões de Brahma?”

54. “Mas como se cumpririam então os roteiros dos marqueteiros, segundo os quais é preciso que seja assim?”

55. Depois, voltando-se para a turba, falou: “Saram tudo armado de bandeira e pochetes para defender-me, como se eu fosse um benfeitor. Entretanto, todos os dias estava eu bebendo entre vós ensinando no sindicato e não me completaram o copo.”

56. Mas tudo isto aconteceu porque era necessário que se cumprissem os oráculos dos marqueteiros. Então os militantes foram para perto do caminhão de som e a Ideia fugiu deles.

Segundo o Evangelho do Joãozinho do Sindicato, capítulos 18, 29-40 e 19, 1:

29. Saiu, por isso, Fakein para ter com eles, e perguntou: “Que acusação trazeis contra este homem?”

30. Responderam-lhe: “Se este não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti.”

31. Disse, então, Fakein: “Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a vossa lei.” Responderam-lhe os golpistas: “Não nos é permitido matar ninguém.”

32. Assim se cumpria a palavra com a qual a Ideia indicou de que gênero sexual de morte havia de morrer.

33. Fakein entrou no pretório, chamou a Ideia e perguntou-lhe: “Que merda, hein?”

34. A ideia respondeu: “Diz isso por tu mesmo, ô companheiro, ou foram outros que te delataram de mim?”

35. Disse Fakein: “Acaso sou eu golpista? A tua nação, duas instâncias judiciais e mais o STJ entregaram-te a mim. Que fizeste?”

36. Respondeu a Ideia: “A minha Ideia não é deste mundo. Se a minha ideia fosse deste mundo, os meus militantes certamente teriam pelejado que nem o Curíntia em 71 contra o Parmera para que eu não fosse entregue aos golpistas. Mas a minha Ideia não é deste mundo.”

37. Perguntou-lhe então Fakein: “És, portanto, ideia?” Respondeu a Ideia: Sim, eu sou uma ideia. É para dar testemunho da ideia que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da ideia ouve a minha voz.”

38. Disse-lhe Fakein: “Que é a ideia?…” Falando isso, saiu de novo, foi ter com os golpistas e disse-lhes: “Não acho nele crime algum.

39. Mas é costume entre vós que pela Páscoa vos conceda uma liminar. Quereis, pois, que vos solte o rei das ideias?”

40. Então todos gritaram novamente e disseram: “Não! A este não! Mas a Eduardo!”

1. Fakein mandou então prender a Ideia.

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