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Brasil chegou a 500 mil mortes causadas pela Covid-19.
Brasil chegou a 500 mil mortes causadas pela Covid-19.| Foto: Jose Fernando Ogura/AEN

O The Gospel Coalition (TGC, ou “Coalizão Evangélica”) é uma rede de pastores e líderes evangélicos fundada em 2005, nos Estados Unidos, por D. A. Carson, professor emérito de Novo Testamento na Trinity Evangelical Divinity School, e Timothy Keller, pastor fundador da Redeemer Presbyterian Church, em Nova York. A orientação teológica do TGC é reformada, com ênfase na pregação do Evangelho, na conversão pessoal e na transformação cultural. Sua influência se dá por meio de conferências, de seu website, de publicações e de outros projetos. E esta, como diz Carson, é “uma organização independente – autogovernada, autossustentada e autopromovida [...] – ligada a outras coalizões semelhantes ao redor do mundo em seu compromisso doutrinário e ministerial”.

Em 2018, na 34.ª Conferência Fiel para Pastores e Líderes, foi lançado o segmento brasileiro do TGC, a Coalizão pelo Evangelho. Forjada num ambiente de amizade e colaboração ministerial que, em alguns casos, remontam a 25 anos ou mais, a Coalizão é uma aliança para promover a causa do Reino de Deus e sua mensagem central, isto é, “que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15,3-4). A Coalizão é guiada pelos documentos fundamentais do TGC: a Declaração Confessional e a Visão Teológica de Ministério. Ambos são comentados na obra O Evangelho no Centro, organizado por Carson e Keller e publicado pela Editora Fiel.

A pandemia do novo coronavírus mudou a sociedade e a vida da maioria das pessoas. Em poucos meses passamos por transformações que acabaram nos levando a fazer uma série de reflexões acerca dos desafios próprios de período tão atípico e, até então, impensável. Assim, a Coalizão pelo Evangelho tem buscado ajudar a Igreja brasileira publicando dezenas de textos que supram as necessidades dos cristãos durante esse inesperado e difícil tempo: meditações, informações sobre o impacto da doença no Brasil e no mundo, chamadas à oração, textos sobre vida cristã, comunhão, discipulado, pastoreio e liderança no isolamento social, entre outros temas. Estas publicações relacionadas à pandemia têm sido lidas por dezenas de milhares de pessoas no Brasil e no exterior, e esperamos que continuem a ser úteis para nos ensinar, fortalecer, direcionar nossas orações e renovar nossa fé no Deus Uno e Trino, que criou o universo e sustenta a vida na Terra.

Nessa triste semana, em que o Brasil chegou ao número de 500,8 mil mortos pela Covid-19, a Coalizão publicou um chamado à intercessão, ao lamento e à esperança, que segue abaixo, na íntegra. Pedimos orações e súplicas para que essa Coalizão seja usada pelo Deus Uno e Trino, para que no Brasil os cristãos se firmem nas Escrituras Sagradas, tenham sua devoção pelo Senhor Jesus Cristo aprofundada e seu compromisso com a Igreja fortalecido.

500 mil mortes na pandemia: intercessão, lamento e esperança

O livro de Eclesiastes nos ensina que tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo, inclusive, de prantear. As Escrituras, de fato, nos ensinam a importância da lamentar nesse mundo decaído e chorar com os que choram.

Tendo o Brasil alcançado 500 mil pessoas fatalmente vitimadas pela Covid-19 ou por suas complicações, a Coalizão pelo Evangelho no Brasil, através de seus membros subscritos, vem a público lembrar a igreja brasileira que este é um tempo de lamentação, e conclamar, novamente, que continuemos a orar pela nossa nação.

Lamentamos pelas vidas perdidas. Choramos com os enlutados. Encorajamos com nossas orações aos que estão em tratamento ou se recuperam das sequelas da doença. Agradecemos a Deus pela vacinação que se iniciou, mas lembramos que a pandemia não se encerrou. Por isso, reforçamos a todos que o momento é de continuar se cuidando e cumprindo as medidas sanitárias adequadas.

“Jesus lamentou e chorou por seu amigo Lázaro, mesmo sabendo que logo o ressuscitaria. Seja essa atitude de Cristo um padrão de sofrimento e esperança em um mundo decaído, que ainda há de ser restaurado.”

Reforçamos, mais uma vez, nossa posição, já manifestada em outras oportunidades, de que a Igreja e, individualmente, os cristãos podem e devem cooperar para o bem comum da sociedade, seja por meio de orações públicas pelo país e por nossas autoridades, ou por meio de ações que reflitam o amor ao próximo.

Desse modo, continuemos orando pelo fim da pandemia, para que a vacinação possa ser completada rapidamente e com segurança, que o Senhor nosso Deus restaure a saúde dos enfermos em tratamento e console os enlutados pela perda de parentes e amigos. Oremos também pelos profissionais de saúde, bem como pela provisão daqueles que foram ou têm sido economicamente atingidos. Não deixemos de interceder pelas autoridades públicas e pela pacificação política e social da nação. E que a igreja brasileira seja, sobretudo, pacificadora nesse tempo tão difícil de dor, inquietação e comoção nacional.

“Continuemos orando pelo fim da pandemia, para que a vacinação possa ser completada rapidamente e com segurança, que o Senhor nosso Deus restaure a saúde dos enfermos em tratamento e console os enlutados pela perda de parentes e amigos.”

Por fim, lembramos que a morte não é parte da criação original de Deus. Jesus lamentou e chorou por seu amigo Lázaro, mesmo sabendo que logo o ressuscitaria. Seja essa atitude de Cristo um padrão de sofrimento e esperança em um mundo decaído, que ainda há de ser restaurado. Um dia nosso Senhor voltará e, finalmente, estaremos livres de toda dor e pranto, quando o Seu povo ressuscitará para não mais ter de conviver com a presença da morte.

Que Deus nos abençoe e restaure nosso país.

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Apocalipse 21,4)

Vem, Senhor Jesus. Amém.

(Confira no site da Coalizão pelo Evangelho a lista dos signatários da carta)

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
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