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Ao longo da história, o cristianismo tem sido um canal de bênção e transformação para pessoas, comunidades e nações. Seu impacto profundo em áreas como moral, educação, cultura e política ecoa as promessas de Isaías 60, onde o profeta descreve uma luz divina resplandecendo sobre seu povo, trazendo redenção e renovação a todas as nações.
Como afirma Isaías: “Levante-se, resplandeça, porque já vem a sua luz, e a glória do Senhor está raiando sobre você” (Isaías 60.1). Esta luz aponta para a redenção que vem do Messias de Israel, Jesus, que não apenas transforma vidas, mas também impacta nações inteiras. É a partir dessa luz que o cristianismo tem ultrapassado fronteiras, unindo e abençoando pessoas e nações ao longo dos séculos.
O alicerce doutrinário do cristianismo
Isaías proclama que “as trevas cobrem a terra, e a escuridão envolve os povos; mas sobre você [Jerusalém] aparece resplandecente o Senhor” (Isaías 60.2). Essa declaração reflete a condição do mundo antes de conhecer a luz da revelação divina, central na mensagem cristã, e que chega a nós por meio de Israel. A partir da revelação, recebemos doutrinas que formam o coração da fé e têm moldado profundamente a visão de mundo dos povos que abraçaram essa tradição. Entre as principais doutrinas estão:
A revelação é um ensino central da fé, ao afirmar que o único Deus se dá a conhecer ao ser humano, tanto na revelação geral (na criação, que testemunha sobre sua glória e poder) quanto na revelação especial (nas Escrituras, que comunicam de maneira clara e suficiente a vontade de Deus para a salvação). Sem a revelação divina, o homem, corrompido pelo pecado, seria incapaz de conhecer verdadeiramente a Deus ou compreender sua graça redentora em Jesus, o Messias. A Bíblia, como a Palavra inspirada de Deus, é a autoridade suprema para a fé e a prática, fornecendo a base para o relacionamento do homem com Deus e a direção para toda a vida. Assim, a doutrina da revelação fundamenta o conhecimento de Deus, a pregação do evangelho e a conformidade da vida do cristão à sua vontade soberana.
A doutrina da Trindade é essencial para o cristianismo porque revela Deus como um único ser em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Ela expressa a comunhão perfeita e eterna de amor em Deus, sendo a base teológica para entender a criação, a redenção e a santificação. Mostra que Deus é relacional em sua essência, chamando os cristãos a refletirem essa unidade no amor ao próximo. Além disso, fundamenta a obra salvífica de Cristo e a ação contínua do Espírito Santo no mundo.
A Bíblia, como a Palavra inspirada de Deus, é a autoridade suprema para a fé e a prática, fornecendo a base para o relacionamento do homem com Deus e a direção para toda a vida
A doutrina da encarnação de Cristo é central ao cristianismo, pois afirma que Deus se fez plenamente humano em Jesus Cristo, sem deixar de ser plenamente divino. Essa verdade teológica mostra o amor de Deus em se aproximar da humanidade, assumindo nossa natureza para redimir-nos do pecado. A encarnação torna possível a reconciliação entre Deus e o homem, revelando Deus de forma concreta e acessível. Além disso, fundamenta a obra salvífica de Cristo, que viveu, sofreu, morreu e ressuscitou por nós, como verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
O cristianismo trouxe a mensagem radical de que a salvação não é conquistada por obras humanas, mas é um dom gracioso de Deus, acessível pela fé somente – que também é um dom divino. Esse ensino foi um divisor de águas, provocando debates teológicos e reformas religiosas. Sociedades inteiras foram influenciadas pela noção de que o valor humano não é definido por conquistas, mas pela graça de Deus.
Amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo é a essência da moral cristã. Essa doutrina moldou sistemas de justiça, incentivou atos de caridade e inspirou movimentos de reconciliação.
A crença na ressurreição do corpo e na vida eterna são centrais à esperança cristã, garantindo vitória sobre a morte e plenitude em Deus. A ressurreição afirma a redenção completa do ser humano, corpo e alma, enquanto a vida eterna aponta para comunhão eterna com Deus. Elas consolam os fiéis, orientam a ética cristã e confirmam a promessa de novos céus e nova terra, e a santa Jerusalém.
Essas doutrinas não apenas transformaram pessoas, mas também moldaram sociedades inteiras, influenciando sistemas legais e filosóficos, valores culturais e morais e a maneira como os seres humanos se relacionam com Deus e uns com os outros.
A reforma dos valores morais
“Nunca mais se ouvirá falar de violência na sua terra, nem de ruína ou destruição em seu território” (Isaías 60. 18). A mensagem de Isaías aponta para a transformação de estruturas sociais e morais através da luz de Deus. O cristianismo historicamente contribuiu para a reforma dos valores morais e a promoção da dignidade humana. A fé cristã também introduziu uma ética que valoriza a dignidade humana e promove o bem comum. Seus princípios morais trouxeram mudanças radicais para as sociedades em que foi adotado.
Em uma época em que as lutas de gladiadores, o infanticídio e o abandono de recém-nascidos eram comuns, o cristianismo defendeu a dignidade de toda vida humana, influenciando leis e práticas sociais. Essa visão se expandiu ao longo dos séculos, formando a base para movimentos contemporâneos que combatem o aborto e promovem os direitos das crianças.
O cristianismo estabeleceu o casamento monogâmico, a fidelidade conjugal e a dignidade da mulher como alicerces da vida familiar. Esses princípios foram essenciais para o fortalecimento das estruturas familiares, reconhecidas como a esfera mais elementar da sociedade.
A caridade foi elevada a uma virtude central pela fé cristã. Essa compreensão ética levou à criação de hospitais, orfanatos e outras instituições dedicadas ao cuidado dos necessitados. Florence Nightingale, conhecida como “A Dama da Lâmpada”, revolucionou a enfermagem e o cuidado com os enfermos. Motivada por sua fé cristã, ela acreditava que cuidar dos doentes era um chamado divino. Durante a Guerra da Crimeia, melhorou drasticamente as condições sanitárias nos hospitais, reduzindo as taxas de mortalidade.
A moral cristã continua a influenciar debates sobre bioética, esforços humanitários, injustiça na sociedade, direitos humanos e proteção da vida desde o ventre, reafirmando seu papel como uma força transformadora e conservadora na sociedade contemporânea.
O impacto na cultura
Isaías declara: “Todos os do seu povo serão justos e para sempre herdarão a terra; serão renovos que eu plantei, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado” (Isaías 60.21). Essa obra divina se reflete na contribuição do cristianismo à cultura – e, como veremos, à educação. Assim, o cristianismo desempenhou um papel vital no desenvolvimento cultural do Ocidente e mais além.
Catedrais góticas, mosaicos bizantinos e as obras-primas do Renascimento são apenas alguns exemplos do impacto do cristianismo na arquitetura e na arte. Cada um desses movimentos reflete uma tentativa de capturar a grandiosidade e a transcendência de Deus. A música sacra, dos cantos gregorianos às cantatas de Johann Sebastian Bach, foi profundamente influenciada pela espiritualidade cristã. Obras de escritores como Dante Alighieri, John Milton, G. K. Chesterton, C. S. Lewis, J. R. R. Tolkien e Marilynne Robinson exploraram temas cristãos como redenção, pecado e graça. Além disso, a Bíblia influenciou estilos literários e até mesmo o desenvolvimento de línguas nacionais, como o inglês moderno.
O cristianismo moldou o calendário ocidental, com celebrações como o Natal e a Páscoa se tornando eventos centrais para a sociedade. Esses momentos não apenas reafirmam a fé no espaço público, mas também celebram os grandes atos de Deus: encarnação, sacrifício e ressurreição.
Por fim, a Bíblia foi o texto mais influente na formação da cultura ocidental. Suas histórias, leis e ensinamentos influenciaram desde a literatura até a arte e a política, proporcionando um vocabulário moral e cultural comum. Temas cristãos, como sacrifício, redenção e transcendência, moldaram a mentalidade ocidental e mais além. Na verdade, a cultura cristã, ao longo dos séculos, contribuiu para a formação de identidades nacionais e promoveu valores fundamentais, como o valor da beleza, da criatividade e da expressão espiritual.
As transformações políticas e sociais
A influência do cristianismo se estende ao campo político, econômico e social, oferecendo princípios que transformaram sociedades e promoveram a justiça.
Os sistemas legais de muitas nações ocidentais foram profundamente moldados pelos princípios contidos nos Dez Mandamentos e pela moral cristã, que serviram como base ética e espiritual para a formulação de normas e valores fundamentais. Esses preceitos influenciaram o desenvolvimento de conceitos jurídicos como justiça, igualdade, proteção da vida e da propriedade, além de guiar a criação de instituições sociais que promovem a ordem e o bem-estar coletivo. A moral cristã também ajudou a estruturar códigos de conduta e práticas legislativas que ainda hoje orientam diversas nações em suas relações civis e políticas.
Cristãos, como William Wilberforce, desempenharam um papel crucial na abolição da escravidão. Movimentos contemporâneos contra o tráfico humano e exploração de menores seguem os mesmos princípios cristãos, combatendo formas modernas de escravidão, como exemplificado no filme Som da liberdade. Movimentos cristãos também combateram a pobreza e a exploração econômica no passado e no presente.
A distinção entre poder espiritual e temporal, a Igreja e o Estado, desenvolvida por cristãos como Samuel Rutherford, Roger Williams e Abraham Kuyper, moldou o conceito de governo limitado e liberdade religiosa. Essa ideia influenciou a formação das democracias modernas. Embora tenha havido períodos de confusão entre o poder religioso e o poder político, como na Idade Média, o cristianismo tradicionalmente reconhece que o poder temporal não é absoluto – como o próprio Jesus ensinou: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
O legado cristão na economia é profundamente marcado por princípios éticos e sociais que moldaram a visão ocidental sobre trabalho, propriedade e justiça econômica. Baseados na Escritura Sagrada, valores como solidariedade, compaixão pelos necessitados e a busca pelo bem comum influenciaram a formação de sistemas econômicos e políticas públicas. Além disso, o conceito de dignidade do trabalho ajudou a moldar a ética do trabalho em sociedades ocidentais. O protestantismo trouxe a ideia de que o trabalho árduo e a frugalidade são expressões de fé. O capitalismo de mercado e o empreendedorismo, especialmente no Ocidente, surgiram em parte por meio da ética protestante, que promove a responsabilidade individual e o reinvestimento dos lucros para o desenvolvimento comunitário.
A educação como um chamado divino
A educação religiosa no Israel do Antigo Testamento era profundamente centrada na família e na comunidade, com o objetivo de transmitir os preceitos da Lei de Deus para as novas gerações. Os pais, especialmente os pais homens, tinham a responsabilidade principal de ensinar os filhos sobre a aliança com Deus, os mandamentos e as histórias do povo de Israel, como as narrativas da criação e do Êxodo. Esse ensino era feito oralmente, frequentemente por meio de conversas diárias, cânticos e recitação de passagens bíblicas, como orientado em Deuteronômio 6:7: “Ensine-as com persistência a seus filhos”. As festas religiosas, como a Páscoa, também desempenhavam um papel educativo, pois transmitiam as obras de Deus por meio de rituais simbólicos e narrativas.
Além da educação familiar, a comunidade desempenhava um papel importante. Nas sinagogas, a partir do período pós-exílio, os meninos recebiam instrução formal dos escribas e rabinos, que ensinavam a leitura e a interpretação da Lei. A memorização das Escrituras era um componente essencial, já que os textos sagrados eram vistos como a base da sabedoria e da vida piedosa. A educação não era apenas acadêmica, mas também espiritual, moldando o caráter e a conduta em obediência a Deus. Assim, a educação religiosa no Israel antigo era um processo integral, envolvendo práticas cotidianas, rituais comunitários e a transmissão de uma cosmovisão baseada na fé e nos mandamentos divinos revelados pelo único Deus.
O cristianismo, herdeiro dessa tradição, exerceu um impacto significativo na educação, tanto em ambientes institucionais quanto na educação doméstica, que tem sido um dos pilares da transmissão de fé e valores. No cristianismo, a educação é frequentemente vista como um chamado divino, particularmente no contexto familiar. Textos bíblicos, como Deuteronômio 6:6-7, destacam o papel dos pais como os primeiros educadores dos filhos, enfatizando a responsabilidade de transmitir ensinamentos espirituais e morais. Assim, a educação baseada na revelação tem como objetivo não apenas preparar os indivíduos para a vida em sociedade, mas também os conduzir a viver para a glória de Deus.
Um dos maiores legados cristãos foi a valorização da alfabetização, especialmente para que todos tivessem acesso às Escrituras. A Reforma Protestante, no século 16, foi um marco nesse sentido, promovendo o incentivo à leitura da Escritura de forma pessoal. Isso impulsionou esforços globais de alfabetização, muitas vezes iniciados na esfera doméstica. Nas comunidades cristãs, era comum que os pais ensinassem os filhos a ler em casa, utilizando a Bíblia ou os catecismos como principais materiais de estudo. A educação doméstica cristã também se destacou pela ênfase na transmissão de valores éticos e espirituais sólidos. Catequese, orações e histórias bíblicas eram métodos amplamente utilizados para ensinar os fundamentos da fé. Além das palavras, os pais eram incentivados a educar pelo exemplo, refletindo em sua vida cotidiana os valores de amor, perdão e serviço ensinados por Cristo.
Dentro desse contexto, o papel das mulheres foi particularmente relevante. Exemplos como Susanna Wesley, mãe de John e Charles Wesley, ilustram essa dedicação, com mulheres oferecendo tempo diário para ensinar leitura, escrita e princípios da fé. O elo entre a educação doméstica e as instituições formais também é marcante. Muitas das primeiras universidades no ocidente, como Oxford, Cambridge, Harvard e Yale, foram fundadas em contextos cristãos, frequentemente por famílias que preparavam seus filhos em casa antes de enviá-los para essas instituições.
Hoje, o legado cristão na educação doméstica se reflete no movimento de educação domiciliar, particularmente em países como os Estados Unidos. Muitos pais cristãos adotam essa prática para garantir que seus filhos sejam educados dentro de uma cosmovisão cristã, protegendo-os de influências seculares/pagãs conflitantes. Currículos cristãos integram disciplinas acadêmicas com ensino bíblico, enquanto comunidades de educação domiciliar promovem apoio mútuo entre famílias, reforçando a transmissão da fé e dos valores cristãos às próximas gerações. Por exemplo, o Classical Conversations une currículo com uma rede integrada de comunidades de apoio. Há também famílias produzindo materiais primorosos sobre várias disciplinas, como a “Família de Trigo”, “Mamãe por vocação”, a Geovania Porto, Priscila Azevedo, entre outras. Assim, o impacto do cristianismo na educação permanece vivo, influenciando tanto práticas individuais quanto estruturas educacionais mais amplas. Na verdade, a ênfase cristã na educação doméstica garantiu que os valores cristãos e civilizacionais fossem transmitidos consistentemente de uma geração para outra, criando uma base moral e cultural coesa na sociedade.
A unidade e cooperação entre igrejas cristãs
Isaías profetiza: “As nações se encaminham para a sua luz, ó Jerusalém, e os reis são atraídos para o resplendor do seu amanhecer” (Isaías 60.3). Essa visão de união e cooperação das nações por causa da fé se manifesta ao longo da história do cristianismo, especialmente no impacto que ele teve ao unir povos em torno da fé no Messias de Israel. Assim, apesar de suas diferenças, as igrejas cristãs têm trabalhado juntas em muitas áreas, demonstrando a força de um legado comum.
Como já visto, há uma base doutrinária compartilhada por cristãos e igrejas em todo o mundo. A fé no Messias Jesus e nas Escrituras Sagradas conecta cristãos de diferentes tradições. Essa base comum tem possibilitado ações conjuntas de evangelização, educação e humanitárias. Sobretudo, a ênfase protestante em missões e evangelização tem incentivado a colaboração entre as denominações evangélicas em esforços de proclamação do evangelho do reino de Deus em todo o globo.
Chegamos a um tempo em que há proporcionalmente menos povos não alcançados no mundo, graças ao avanço missionário global, especialmente nos últimos dois séculos. Missões transculturais, o uso de tecnologia, a tradução da Bíblia e parcerias entre igrejas têm contribuído significativamente para alcançar grupos anteriormente isolados. Contudo, ainda existem cerca de 7.000 povos não alcançados, representando aproximadamente 3,4 bilhões de pessoas, segundo estimativas como as do Joshua Project (2023). Apesar dos avanços, a tarefa de anúncio do evangelho ainda é enorme e desafiadora.
Também há importantes iniciativas de unidade cristã, que promovem reconciliação e cooperação entre as igrejas e organizações cristãos. Conferências e encontros internacionais têm facilitado parcerias em projetos que transcendem divisões denominacionais. E como são importantes as palavras de George Whitefield: “Pai Abraão, quem está com você nos céus? Os episcopais? Não! Os presbiterianos? Não! Os independentes ou metodistas? Não, não, não! Quem está com você? Nós, aqui, não sabemos seus nomes. Todos os que estão aqui são cristãos – crentes em Cristo – homens que venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra de seu testemunho. É esse o caso? Então, Deus, me ajude, Deus, nos ajude a esquecer o nome de grupos e nos tornarmos cristãos de verdade.”
O chamado de Isaías para que Jerusalém se levante e resplandeça é um lembrete do papel de fé e luz para as nações. Assim como a cidade santa descrita por Isaías atrai as nações, a fé em Deus continua a ser um farol de esperança e transformação para o mundo. Esse chamado não apenas inspira o povo de Deus a viver para a sua glória, mas também desafia os cristãos a transmitir esse legado de esperança às próximas gerações.
A importância de promover o legado cristão
A história do cristianismo é uma demonstração prática das promessas divinas registradas em Isaías 60. Assim como o profeta descreve a luz do Senhor resplandecendo sobre seu povo, iluminando nações e trazendo unidade e abundância, vemos que o legado cristão, ao ultrapassar fronteiras, uniu pessoas e nações, promovendo a partir da fé valores de dignidade, justiça e esperança. As “riquezas das nações”, mencionadas por Isaías, podem ser vistas no avanço de valores éticos, educação, arte, ciência e cuidado com os necessitados, frutos de uma visão de mundo alicerçada na revelação de Deus. A profecia de muros chamados “Salvação” e portões chamados “Louvor” reflete a missão contínua da Igreja de proclamar a redenção em Cristo e de viver uma vida que glorifique a Deus.
Hoje, o chamado de Isaías continua vivo: “Levante-se, resplandeça, porque já vem a sua luz, e a glória do Senhor está raiando sobre você”. Que a Igreja do presente e as gerações futuras permaneçam firmes nesse propósito, conduzindo a humanidade à luz do evangelho e tornando realidade as palavras do profeta: “Eu, o Senhor, farei com que, no tempo certo, isso logo se cumpra”. Que Deus, em sua graça, nos ajude a ser instrumentos dessa transformação, orando e trabalhando para que as nações conheçam a verdadeira luz que é Cristo.
“Levante-se, resplandeça, porque já vem a sua luz, e a glória do Senhor está raiando sobre você. Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão envolve os povos; mas sobre você aparece resplandecente o Senhor, e a sua glória já está brilhando sobre você. As nações se encaminham para a sua luz, ó Jerusalém, e os reis são atraídos para o resplendor do seu amanhecer. Levante os olhos ao redor e veja: todos se reúnem e vêm até você. Os seus filhos chegam de longe, e as suas filhas são trazidas nos braços. Ao ver isso, você ficará radiante de alegria; o seu coração baterá forte e se dilatará de júbilo, porque você receberá a abundância do mar, e as riquezas das nações serão trazidas a você.” [...]
“Estrangeiros edificarão as suas muralhas, e os seus reis a servirão. Porque no meu furor eu a castiguei, mas na minha graça tive compaixão de você. Os seus portões estarão sempre abertos; não serão fechados nem de dia nem de noite, para que lhe sejam trazidas as riquezas das nações, e, conduzidos com elas, os seus reis. Porque a nação e o reino que não a servirem perecerão; sim, essas nações serão totalmente arrasadas”. [...]
“Também virão e se inclinarão os filhos dos que a oprimiram; todos os que a desprezaram se prostrarão até as plantas dos seus pés e a chamarão ‘Cidade do Senhor’, a ‘Sião do Santo de Israel’. [...] Eu farei de você uma glória eterna, uma alegria de geração em geração. [...] E saberá que eu sou o Senhor, o seu Salvador, o seu Redentor, o Poderoso de Jacó”. [...]
Nunca mais se ouvirá falar de violência na sua terra, nem de ruína ou destruição em seu território, mas às suas muralhas você chamará ‘Salvação’, e aos seus portões, ‘Louvor’. Nunca mais o sol será a sua luz durante o dia, e o resplendor da lua nunca mais a iluminará; pois o Senhor será a sua luz perpétua, e o seu Deus será a sua glória. [...] Todos os do seu povo serão justos e para sempre herdarão a terra; serão renovos que eu plantei, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado. [...] Eu, o Senhor, farei com que, no tempo certo, isso logo se cumpra. (Isaías 60.1-5, 10-12, 14-16, 19-22)
“Ó Deus, Pai de todas as nações da terra: lembramos perante ti as multidões daqueles que, embora criados à tua imagem, não te conhecem, nem conhecem a redenção que nos trouxeste em nosso Senhor Jesus Cristo; concede que, pelas orações e pelos trabalhos da tua santa Igreja, eles abandonem as suas formas de superstição e de descrença, e alegremente se convertam à fé, à esperança e à caridade do Evangelho de Cristo, por quem tudo isto te pedimos. Amém.” (LOC)
(Esta coluna é a transcrição de um discurso proferido pelo colunista em 17 de janeiro de 2025, no 2.º Congresso Internacional Legado Cristão: Família, Educação e Liberdade, em São Paulo.)