Estou em São Paulo para o lançamento da quarta geração de smartphones da Asus, a família Zenfone 4.
Os aparelhos móveis da Asus são bem familiares para mim, já que usei um Zenfone 6 por sete meses e um Zenfone 2 por um ano, ambos como meus aparelhos principais. É interessante notar como, mesmo com poucos anos de vida, a Asus está investindo pesado em mobile, com especial atenção ao mercado brasileiro, com uma evolução bem veloz e mudanças drásticas no design.
Fazem parte da nova família o Zenfone 4 Max, cujo foco é a bateria; os Zenfones 4 Selfie e Selfie Pro, focados nas câmeras frontais; e o Zenfone 4, carro-chefe da companhia. Seguindo o mote “We love photo”, o chamariz desta nova geração fica por conta da câmera dupla em todos os modelos, sendo que nos modelos Selfie e Selfie Pro elas são dianteiras.
Além das 2 câmeras, todos os modelos tem carga rápida (10W), vem com Android 7.1 (Nougat, com previsão do Oreo para até meados do ano que vem) e bandeja com 3 slots: 2 para os chips das operadoras e um para cartão de memória. Além disso, vem com os novos processadores Snapdragon 660 e 630: o primeiro prioriza performance e o segundo, bateria. Além da opção de processador, o usuário pode escolher entre diferentes tamanhos de memória RAM.
O modelo Max é o mais em conta de todos. Com uma bateria generosa de 5.000 mAh, os preços são de R$ 1.099 para o modelo com 2GB de RAM e 16GB de armazenamento e R$ 1.249 para 3GB/32GB. Por conta da autonomia, ele é interessante para quem usa o celular o tempo todo.
O Selfie tem 2 câmeras frontais, sendo a principal de impressionantes 20 MP e a traseira simples de 16 MP. Na dianteira também fica a segunda câmera, de ângulo aberto, bem ampla, para aqueles momentos que você deseja incluir seus amigos na selfie sem cortar ninguém. O Selfie Pro tem como diferenciais a câmera frontal de 24 MP que grava vídeos em 4K. É o primeiro smartphone do mercado a fazer isso. Os preços do Selfie são R$ 1.199 (3G/32GB) e R$ 1.349 (4GB/64GB) e os do Selfie Pro são R$ 1.499 (3GB/32GB) e R$ 1.699 (4GB/64GB).
Por fim, o flagship da empresa, o Zenfone 4, concebido para proporcionar a melhor experiência com fotos. Diferente dos outros 2, que possuem traseira apenas em metal, seu design o combina com vidro, dando uma aparência sofisticada. Ainda mais com o belo efeito dos círculos concêntricos, que o deixa com cara de “celular de rico”…
Vem em 2 versões com Snapdragon 630: a de 4GB/64GB por R$ 1.899 e 6GB/64GB por R$ 2.229. Com Snapdragon 660, 6GB TAM e 64GB, por R$ 2.499.
Minha análise
Sem dúvida é uma proposta ousada da Asus trazer aparelhos com especificações tão robustas e ao mesmo tempo tão variadas, buscando agradar diversos públicos. Esta quarta geração é a mais bonita até agora e tem tudo para cair no gosto dos brasileiros. Contudo, tenho algumas ressalvas.
Em primeiro lugar, a mudança na localização do leitor de digitais. A leitora traseira do Zenfone 3 era perfeita para mim, cabia na minha mão como uma luva e o acesso era instantâneo. Segundo a Asus, a mudança para a parte dianteira, junto com o botão home, foi uma reinvidicação da maioria dos usuários. Bem… se a maioria pede, não posso falar nada, apenas lamentar.
Em segundo lugar, a decisão de lançar modelos com 2 e 3GB de RAM. Considerando que são aparelhos que receberão o Oreo no futuro, acho 3GB pouco. E o que dizer do modelo Max básico, com 2GB se RAM e 16GB de armazenamento? Uma temeridade! Só digo uma coisa: não comprem!
Terceiro, a tela que já nasce com cara de “datada”, já que a grande tendência do momento é eliminar bordas. Todavia tal design ainda custa bem caro e arruinaria a estratégia da Asus de trazer ferramentas robustas a preço competitivo — característica que já conquistou a atenção dos brasileiros nas gerações passadas. E como neste ano de 2017 estamos vendo preços de smartphones dispararem, darei razão à Asus por esta decisão.
Por fim, a interface, a nova ZenUI 4.0. Estava programado para eu publicar hoje ainda as minhas primeiras impressões do Zenfone 4, que está comigo há quase uma semana. Contudo, tive vários problemas com o software, com incontáveis bugs: idioma português misturado com mandarim, caixas de diálogo em branco que apareciam do nada e diversos erros de tradução da interface — algo que, convenhamos, ainda é herança das gerações passadas. Nos últimos 2 dias, recebi nada menos que 3 atualizações de software, sendo a última delas poucas horas antes do evento de hoje. Parece que o problema foi sanado, mas preciso explorar o bichinho mais detidamente para ter certeza.
Amanhã terei uma folga aqui em São Paulo e me ocuparei exclusivamente em escrever as primeiras impressões do Zenfone 4 e da ZenUI. No final da tarde as postarei aqui. Fiquem ligados!
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