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Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo| Foto:
Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo

Você costuma passear com seu cachorro e leva uma sacolinha para recolher o cocô do seu cãozinho? Não? Pois saiba que pode ter gente investigando sua atitude de cidadão!

Uma campanha em Brunete, na Espanha, criou uma maneira de conscientizar a população a manter a cidade livre de sujeiras animais com uma forma bem inusitada e criativa.

A campanha chamada de “Objetos Perdidos” tem como proposta “devolver” aos donos distraídos as fezes do cachorro que eles “esqueceram” de recolher.

O esquema de devolução dos dejetos caninos funcionou assim: uma equipe de voluntários foi às ruas observar o comportamento das pessoas com seus cachorros. Quando era detectado um morador “esquecidinho” os voluntários entravam em ação. Um abordava o morador e gentilmente pedia o nome e raça do cão, e o outro aproveitava para recolher e embalar as fezes. Mais tarde, a equipe checava o endereço do cachorro na base de dados da prefeitura. Com as informações em mãos, era só enviar ao dono o “objeto perdido” juntamente com uma carta de advertência, dizendo que da próxima vez que o cocô do cachorro fosse esquecido, ele poderia ser multado.

Veja aqui o vídeo da equipe da prefeitura em ação.

coco060639-624x624É claro que essa foi uma decisão extrema, tomada após muitas outras serem fracassadas. Mas ações, digamos mais amenas, também foram tomadas em outras partes do mundo.

Em Cambridge, no estado de Massachusetts (EUA), designers criaram uma forma de fazer energia com os dejetos. O Park Spark Project sugere que os donos dos cachorros recolham o cocô em sacolas biodegradáveis e a joguem em um digestor de metano, instalado nesses locais públicos. A queima do metano alimentaria os postes de luz, não apenas impedindo que o gás fosse para a atmosfera, como também economizando energia vinda de outras fontes poluentes como o carvão.

Já em Taiwan, o “bom cidadão” que recolhe as fezes do cachorro recebe um tíquete, dando ele o direito de participar de um sorteio que premiará três moradores da cidade com barras de ouro avaliadas em US$ 420, US$ 630 e US$ 2.100.

E no México, recolher o cocô do cachorro dá aos moradores acesso WIFI gratuito nos parques. O dono coleta e deposita as fezes do cachorro em uma lixeira especial que calcula o peso e libera internet para os frequentadores do passeio público.

Em muitas cidades os “objetos perdidos” são um problema enfrentado por governantes e moradores. Para os moradores não é nada agradável sair para um passeio e encontrar cocôs perdidos nos lugares públicos. Já para os governantes, também não é legal representar uma cidade que é vista como um lugar sujo.

E na sua cidade, como é essa questão? O que acha das soluções encontradas por essas cidades citadas no texto? Radical ou necessária?

*Artigo escrito por Elaine Tezza, colaboradora do Instituto GRPCOM em Foz do Iguaçu

**Quer saber mais sobre cidadania, responsabilidade social, sustentabilidade e terceiro setor? Acesse nosso site! Siga o Instituto GRPCOM também no twitter: @institutogrpcom.

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